Publicado em 22 de outubro de 2014 às 09h13min
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O auditório da Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) ficou pequeno nesta terça-feira, 21, durante a solenidade de abertura da XX Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura (CIENTEC). Lotado, o espaço foi palco da palestra “Ler ou não Ser”, do premiado escritor Pedro Bandeira.
Após a apresentação do Grupo Para Folclórico do Departamento de Educação Física, que nesta sexta-feira participa da Feira Internacional de Folclore no México, e do grupo Conexão de Felipe Camarão, que prestou homenagem ao Boi de Reis de Manoel Marinheiro, a mesa de abertura foi composta pela reitora Ângela Paiva Cruz, a secretária municipal de Educação, Justina Iva, representando no ato o prefeito Carlos Eduardo, o pró-reitor de Extensão Universitária, Edmilson Lopes Júnior, o diretor do Centro de Ciências da Saúde, o professor Ênio Ferreira de Miranda, a presidente do ADURN-Sindicato, Angela Ferreira, e o coordenador geral do SINTEST, José Rebouças da Costa.
Com o tema (Re)Encontro de Todos Nós, a 20ª Semana de Ciência e Cultura da UFRN espera receber cerca de 100 mil pessoas durante os quatro dias de exposição. . “É uma grande mostra do que fazemos para a sociedade norteriograndense. Esse é o recado da Cientec. Temos conseguido um efeito multiplicador do conhecimento que construímos”, ressaltou a reitora Ângela Paiva Cruz.
Segunda a reitora da UFRN, o grande público da Cientec é de crianças e jovens estudantes, para quem mandou um recado: “durante a feira, eles podem observar e se envolverem com questões científicas, muitos deles podem fazer aqui as escolas do futuro”. A reitora destacou que além dos eventos culturais distribuídos em quatro polos, a parte científica terá 18 eventos, agora concentrados para atrair mais pessoas em todos os auditórios.
Com mais de 80 livros publicados e uma vendagem de 23 milhões de exemplares, o professor e escritor de literatura Infanto-juvenil, Pedro Bandeira, 72 anos, abriu a Cientec com a conferência “Ler ou não ser”. Bandeira indagou porque, se o Brasil tinha 514 anos, só há 20 tem-se a Cientec? “Isso é uma prova de que o Brasil só tem 20 anos, nunca antes fomos um país tão democrático, nunca tivemos acesso ao conhecimento. Hoje isso é um simbolo de um Brasil novo. Imagine o Brasil daqui a uma ou duas gerações, vamos dar um baile no mundo”, disse.
Além de palestras, oficinas, seminários e espetáculos culturais, durante a Cientec está ocorrendo a 4ª Feira de Livros e Quadrinhos, onde ocorre uma exposição de quadrinhos espanhóis, com a participação de editoras, escritores e sebos, além de autores independentes, como João Batista de Farias, que se proclama criador do neocordel, que ao contrário do cordel tradicional, não usa estórias de “trancoso”, pornografia, mas temas novos e do dia-a-dia da sociedade e do mundo. “Também procuramos valorizar a gramática e ortografia da língua portuguesa”, disse ele, que não usa a linguarem popular do cordel de antigamente.
Hoje, uma das palestras será sobre o tema “Bolsa Família - superação ou gerenciamento da pobreza, ministrada por Nilmar Francisco da Silva Santos e Felipe dos Santos Galvão, a partir das 14h no auditório da Biblioteca Central Zila Mamede. Já amanhã (23) começa o Fórum estadual do Livro, da Literatura e das Bibliotecas no salão multiuso da Praça Cívica do Campus da UFRN.
