Movimento Docente quer manter ganhos e avançar

Publicado em 05 de fevereiro de 2015 às 11h48min

Tag(s): Campanha Salarial



Reunido nos últimos dias 30 e 31 de janeiro, o Conselho Deliberativo da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (PROIFES-Federação), empossou seus novos integrantes e deliberou pela composição da diretoria executiva para o mandato de 2015 a 2018.

Com a presença do vice-presidente do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte, da diretora do Sindicato e da Federação, Gilka Pimentel, e do professor da UFRN, Alex Galeno, membros do CD, o encontrou aconteceu em Brasília e discutiu ainda as estratégias de luta do PROIFES-Federação para o ano de 2015.  Na ocasião, foram definidos os principais eixos da campanha salarial para os anos de 2016-2018.

A campanha teve início no último dia 29 de janeiro, quando os dirigentes da Federação foram recebidos pelo ministro de Educação, Cid Gomes. Na oportunidade, o presidente do PROIFES, Eduardo Rolim, entregou ao Ministro o documento com a pauta da entidade para 2015. O documento contém a Proposta de Reestruturação de Carreias e Salários – 2016-2018, o Anteprojeto de Lei Orgânica das Universidades e dos Institutos Federais, uma série de reinvindicações em relação às pendências dos acordos anteriores e às más interpretações da lei 12.772/2012, bem como contribuições dos sindicatos federados tratando dos problemas locais de infraestrutura de pessoal e de condições de trabalho das Universidades e Institutos Federais.

Após o encontro, o dirigente do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte, falou sobre as perpectivas para campanha salarial. Acompanhe o bate-papo com o professor.

1.       O último aumento referente ao acordo fechado com o governo pelo PROIFES em 2012 acontece agora, em março. Como o Sindicato, membro da Federação, pretende agir a partir de agora?

Estamos acompanhando essa última fase do acordo e temos participado das reuniões da Federação para o encaminhamento das propostas para o novo acordo 2016-2018. Nesse sentido, o Sindicato vem participando de todas as ações da Federação.

2.       As negociações já foram abertas?

A primeira reunião que tivemos foi com o Ministro da Educação. Levamos a proposta da Federação e o ministro foi muito solicito, apoiou nossas demandas. Mas entendemos que o momento econômico do país é muito complicado, e por isso estamos cientes das dificuldades que enfrentaremos nessas negociações.

Mas a campanha salarial efetivamente já foi iniciada com esse encontro. Já tínhamos apresentado nossas propostas ao Ministério do Planejamento em dezembro, através de ofício. Mas não nos movimentamos apenas através de ofícios, e fazemos ações políticas no sentido de estabelecer o diálogo de antemão. Então o primeiro contato foi com o próprio ministro da Educação e esperamos fazer contato com outros ministérios, como o da Ciência e Tecnologia, para obter mais força nas negociações.

3.       Quais as expectativas para o Movimento Docente com as negociações?

O cenário colocado para as negociações não é muito positivo. Os sinais dados pelo Ministério do Planejamento são todos no sentido de contingenciamento orçamentário e contenção no que diz respeito a gastos do governo com salários. Mas não cabe ao movimento sindical, especialmente ao movimento docente, partir dessa pressuposição. A pressuposição é que nós queremos manter os ganhos obtidos em 2012. O conteúdo da proposta que estamos levando ao governo é neste sentido de manter o que foi conquistado e avançarmos. O que vai ser negociado e como caberá à própria conjuntura estabelecer a dinâmica. Estamos prontos para todo tipo de ação que seja necessária que façamos.

ADURN Sindicato
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