Publicado em 25 de maio de 2017 às 08h57min
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Com mais de 150 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, Brasília (DF) foi tomada nesta quarta-feira, 24, por milhares de trabalhadoras e trabalhadores, movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes, e parlamentares, que protestavam contra as reformas trabalhistas e da previdência, e por eleições diretas, contra o governo de Michel Temer.
O PROIFES-Federação esteve presente com representantes de diversos sindicatos federados, com faixas contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 de 2016, mais conhecida como reforma da Previdência, e contra a reforma Trabalhista, distribuição de adesivos e materiais informativos.
A manifestação marchou do Estádio Mané Garrincha ao Congresso Nacional, em um movimento pacífico, que foi reprimido com truculência pela Polícia Militar do Distrito Federal com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha.
Para o professor Otávio Sampaio (SINDIEDUTEC-PR) a manifestação “foi importante porque expressou o descontentamento da classe trabalhadora com as reformas e com o golpe dentro do golpe, que seria eleição indireta para presidente, sem participação popular”.
Gilka Pimentel (ADURN-Sindicato) ressaltou a grande participação de professoras e professores no ato, lembrando que “a Educação é uma das áreas mais prejudicadas com as reformas e com a retirada constante de direitos conquistados com muita luta ao longo dos anos”.
O vice-presidente do PROIFES, Flávio Silva (ADUFG-Sindicato) afirmou que \"a manifestação de hoje mostra a força do povo contra as reformas do governo Temer, e também exigem a renúncia imediata do presidente da República, e convocação de eleições diretas, com total participação popular”.
Já Eduardo Silva (ADUFRGS-Sindical) demonstrou preocupação \"com a repressão que está ocorrendo em manifestações populares, mostrando que o país está em um momento democrático delicado. Não esperava tamanha truculência na repressão”.
O diretor de assuntos de aposentadoria do PROIFES-Federação, professor Nilton Brandão (SINDIEDUTEC-PR) ressaltou a força da organização dos movimentos organizados, que apesar de grupos isolados que provocaram o confronto com as forças policiais, manteve a ordem e a empolgação durante toda a manifestação.
A participação massiva de mulheres no ato foi destacada pela professora Luciene Fernanes (APUB-Sindicato), secretária do PROIFES: \"as mulheres são as mais prejudicadas com as reformas, mas estão na luta com muita determinação e coragem, sem desistir”.
Ainda durante o ato, o presidente Michel Temer emitiu decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas para a grantia da lei e da ordem no Distrito Federal, que vigora até o dia 31 deste mês.
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