Brasil e Portugal assinam acordo para apoiar doutorado na África

Publicado em 22 de março de 2013 às 08h26min

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 O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva, assinou nesta quarta-feira (20) um acordo de cooperação com o ministro da Educação e Ciência de Portugal, Nuno Crato, e o presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal, Miguel Seabra, para concessão de bolsas de doutorado em ciências da vida para os países africanos de língua portuguesa.
O objetivo da parceria é propiciar a formação de uma nova geração de cientistas africanos e de países que fazem parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) com a oportunidade de estudarem e praticarem a ciência avançada, além de melhorar a investigação científica e da educação e usar a ciência e a tecnologia como ferramentas para o desenvolvimento.
O programa terá duração de quatro anos e será composto por duas fases. A primeira dura um ano, com aulas em Cabo Verde, onde os alunos vão desenvolver a pesquisa e a tese de doutorado em laboratórios brasileiros e portugueses. A segunda, com duração máxima de dois anos, será condicionada à aprovação do aluno na fase anterior. O começo do projeto está previsto para janeiro de 2014.
Para o presidente do CNPq, os dois países têm uma trajetória histórica comum que passa pelo avanço significativo da ciência e pela incorporação do conhecimento. "Antes o Brasil tinha sua população toda quase concentrada na zona rural e não tinha autonomia alimentar. Hoje nós somos um dos maiores exportadores de alimentos, e isso tudo foi conquistado graças aos investimentos em tecnologia", disse.
Oliva destacou que a parceria tem como objetivo criar uma situação solidária e igualitária aos países africanos de língua portuguesa. "Estamos avançando para estender a Plataforma Lattes para esses países como um instrumento de reconhecimento e apoio a parcerias com os cientistas da região", observou.

Desenvolvimento científico
Segundo o ministro Nuno Crato, Portugal e Brasil têm em comum um desenvolvimento científico impressionante nos últimos anos. "Olhamos para o Brasil com um país da ciência em ascensão. É claro que existem nações mais desenvolvidas, mas nos destacamos no crescimento acelerado do desenvolvimento científico e tecnológico", disse. Ele ressaltou que quando há cooperação o benefício é mútuo.
O encontro faz parte de uma visita oficial de três dias do ministro e sua delegação composta por 13 instituições, entidades e empresas portuguesas ao país, com o intuito de reforçar laços de colaboração científica e tecnológica com parceiros. A comitiva já visitou Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas (SP) e agora Brasília, onde Crato discutiu o andamento da cooperação bilateral com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.

Fonte: SBPC

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