FAPESB aumenta número de bolsas de Iniciação Científica em 2013

Publicado em 08 de abril de 2013 às 08h35min

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 De 2011 para 2012, a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) aumentou em 41% o número de bolsas de Iniciação Científica (IC) para as Instituições de Ensino Superior (IES) e Institutos de Ciências e Tecnologia (ICTs) do estado. A previsão é de que em 2013 este número aumente ainda mais. O valor das bolsas também sofreu alteração, passando de R$ 360,00 para R$ 400,00, equiparando-se aos valores praticados pelo CNPq.
A Iniciação Científica é um importante meio de iniciar o aluno universitário no mundo da pesquisa. A estudante do 3º ano do curso de Oceanografia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Julianna Oliveira, de 23 anos, é bolsista de IC da FAPESB. Seu projeto é um estudo sobre a resposta fisiológica dos corais em diferentes condições de pH da água. Para Julianna, a experiência está possibilitando uma rotina laboratorial imprescindível para seu futuro profissional: "Se você quiser seguir carreira acadêmica, a Iniciação Científica é uma coisa necessária para que você tenha noção do que vai fazer quando for um pesquisador ou professor", diz.
Mesmo para os alunos que não pretendem seguir carreira acadêmica, a Iniciação Científica serve como experiência para executar na prática o que se aprende em sala de aula. Segundo Julianna, as disciplinas são muito teóricas e não há uma quantidade suficiente de aulas práticas. "A Iniciação Científica é importante para você se familiarizar com sua área, pois na pesquisa você tem uma visão mais ampla dos assuntos, uma aplicação maior da teoria", diz.
O orientador de Julianna, o professor Ruy Kikuchi, do Instituto de Geociências da UFBA, explica que o primeiro passo para o aluno desenvolver um projeto é conversar com os professores que exerçam atividades científicas em sua unidade. "Geralmente as oportunidades são anunciadas pelos professores, que recrutam os alunos em períodos pré-bolsa, quando se começa a escrever o projeto para submissão". Segundo Kikuchi, os professores levam em conta o coeficiente de rendimento do aluno. Portanto, os alunos que têm as melhores notas têm maiores chances de serem selecionados. Outra maneira de se inserir em atividades de IC é oferecer-se para trabalhar de forma voluntária: "Muitas vezes o aluno não consegue a bolsa, mas pode desenvolver o trabalho como voluntário e concorrer a uma bolsa na próxima seleção", diz o professor.
Em 2010, a FAPESB concedeu 970 bolsas de IC, passando para 1035 em 2011 e fechando 2012 com 1465. Para Julianna, o fomento da FAPESB é importante, pois se não houvesse auxílio financeiro, muitos alunos não teriam condições de participar de um projeto de pesquisa. "Precisamos de um meio para receber financiamento, pois, mesmo que não seja um valor alto, para um estudante de graduação ajuda bastante", diz Julianna.
O processo de Iniciação Científica envolve diversas atividades que vão desde a escolha do tema, passando pela etapa de execução do projeto - na qual o aluno desenvolve sua pesquisa por meio de coleta de dados e experimentos - até a elaboração de relatórios. Alguns projetos de IC servem de base para a monografia do aluno. Segundo o professor Kikuchi, a boa relação entre aluno e orientador pode facilitar o processo: "Se a dupla der certo o projeto pode evoluir e tornar-se cada vez mais complexo, podendo ser alterado e ajustado na medida em que o aluno desenvolve mais espírito crítico", diz. Neste caso, o trabalho pode tornar-se uma monografia e até gerar uma publicação para alguma revista científica.
Em 2013, a FAPESB aumentará em torno de 30% o número de bolsas de Iniciação Científica. "Nosso objetivo é estimular a educação científica e incentivar talentos potenciais entre estudantes do Ensino Superior, mediante o envolvimento em atividades de pesquisa desenvolvidas com pesquisadores já consolidados", afirma Roberto Paulo Machado Lopes, diretor geral da FAPESB.

Fonte: SBPC

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