Governo federal vai criar bolsa para alunos do ensino médio

Publicado em 12 de abril de 2013 às 09h42min

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 O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta quarta-feira (10), em audiência na Comissão de Educação da Câmara, que a pasta deverá criar uma bolsa de estudos para alunos do ensino médio público. A ideia é beneficiar os estudantes que querem se aprofundar no estudo de ciências e os que se tornar professores da rede pública.
De acordo com o ministro, os alunos interessados em matemática, física, química e biologia terão atividades complementares, além de receber a bolsa de estudos. Esses estudantes deverão participar de palestras e realizar experimentos em laboratórios das escolas e de universidades. Os potenciais professores também deverão ter atendimento específico fora do ensino regular, além de receber o benefício financeiro.
"Estamos trabalhando junto com os secretários estaduais de educação para formatar um programa realmente efetivo", disse Mercadante.

Ensino médio
A melhoria do ensino médio é uma das prioridades da pasta este ano, segundo o ministro. Para Mercadante, é preciso aumentar o acesso a essa etapa entre as pessoas mais pobres, além de melhorar a qualidade do ensino. Segundo ele, atualmente, existem cerca de 970 mil jovens de 15 a 17 anos fora do antigo 2º grau. "Uma parte perdemos para as drogas, outra para a violência, outra para o ingresso precipitado no mercado de trabalho. Temos de identificar esses jovens e trazê-los de volta para os bancos escolares", declarou.
Para melhorar a qualidade, o ministro destacou que o governo tem integrado os currículos, estudado a oferta de bolsas de estudos para alunos interessados em ciências e em docência, além de ampliado o número de vagas do ensino profissionalizante.
O ensino médio teve os piores índices relativos no último exame nacional de qualidade (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - Ideb). Entre 2009 e 2011 a nota da etapa em escolas públicas congelou em 3,4, em uma escala que varia de zero a dez.
Na Câmara, uma comissão especial debate as alterações legais necessárias para o setor. O grupo, que conta com 23 deputados, vem realizando uma série de debates sobre o tema. O objetivo é apresentar uma proposta de alteração da lei até o final deste ano. O deputado Artur Bruno (PT-CE), que é primeiro vice-presidente da Comissão de Educação e suplente da comissão especial, elogiou as ações do governo, mas pediu mais empenho na melhoria das condições de trabalho dos professores: "Se não houver mais ousadia em relação à melhoria da formação e dos salários desses profissionais, nenhuma das mudanças necessárias serão alcançadas".

Conferência Nacional de Educação
Após a reunião de hoje, Mercadante participou do lançamento no Congresso dos preparativos para a Conferência Nacional de Educação (Conae) de 2014. O evento, que está marcado para fevereiro do próximo ano, será o segundo já realizado. O primeiro, de 2010, aprovou um texto que serviu de base para a elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10).
Representantes do governo e de entidades públicas e privadas do setor participam do encontro. Em 2010, foram quase 4 mil participantes. Em 2014, o grupo deve discutir as políticas necessárias para a execução das metas do PNE, incluindo alfabetização na idade certa, ampliação do número de creches, aumento das vagas do ensino em tempo integral, melhoria da qualidade da educação, entre outros temas.

Fonte: Agência Câmara Notícias

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