Curso promovido por Inpa e empresa orienta uso de patentes

Publicado em 30 de abril de 2013 às 08h55min

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 Fundamentos e orientações específicas de propriedade intelectual foram abordados na última quinta-feira (25) no curso Busca, Análise e Uso Estratégico de Patentes com Foco no Setor Farmacêutico. A atividade foi promovida pela Coordenação de Extensão Tecnológica e Inovação (Ceti) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), em Manaus.

O sócio diretor da Axonal Consultoria Tecnológica, Henry Suzuki, apresentou, durante todo o dia, conceitos básicos de patentes. Ele passou por pontos como o que é ou não patenteável; uso estratégico de patentes e informações patentárias; ferramentas e técnicas de busca e análise de informações patentárias; e fontes de informações, sistemas de busca e análise comerciais e gratuitos. Conduziu, ainda, um estudo de caso hipotético.
De acordo com a coordenadora da Ceti, Rosangela Bentes, a proposta é sempre realizar esse tipo de evento introduzindo informações básicas e estratégicas. "Nós temos essa missão e desafio de sempre disponibilizar esses cursos justamente para socializar a informação, capacitar recursos humanos e ter essa cultura não só dentro da instituição, mas com toda a sociedade", ressaltou.

Na opinião de Suzuki, o Brasil deveria estimular as pessoas a depositarem melhores patentes e não somente pensar em número. "O que faz um país ser inovador é como aquilo tem retorno financeiro e social para o país. Eu posso ter um país que não tem patente nenhuma, mas que exporta para o mundo todo. Essa história de número de patentes, embora seja utilizada no mundo todo como indicador, é só estatística, não é sinônimo de inovação", avaliou.

Mundo paralelo
"Em geral, o que acontece muito no Brasil e em outros países - mesmo países desenvolvidos - é que as pessoas usam ainda pouca informação patentária no seu negócio", ressaltou. "As pessoas conhecem muito bem literatura científica, mas não dão muito valor às informações depositadas em patentes. E, no mundo comercial, as empresas não fazem produção científica, elas procuram se proteger depositando patentes." O empresário diz que os pesquisadores ainda não enxergam o "mundo paralelo" das patentes. "À medida que enxergarem isso e acoplarem a todo o conhecimento técnico que têm, a chance de conseguir fazer inovações realmente relevantes e novas com potencial comercial aumenta."

Outro ponto destacado por Suzuki é a necessidade, dependendo da tecnologia, de efetuar o depósito não só no país de origem, como também nos países produtores e consumidores.
O evento teve o apoio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-AM), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), além de outros centros de ensino e pesquisa e empresas privadas.

Fonte: SBPC

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