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Publicado em 06 de maio de 2013 às 08h46min
Tag(s): Folha de São Paulo
Ministério da Educação informou nesta quinta-feira (2) que não vinculará a concessão de diplomas de pós-graduação para professores à melhoria das turmas desses docentes. A pasta diz que tal condicionamento será decidido por Estados e municípios.
Conforme a Folha informou hoje (2), a pasta lançará programa para tentar melhorar o desempenho de alunos e professores em matemática, física, química e biologia, nos ensinos médio e superior. Uma das ações apresentadas pelo coordenador do programa, Mozart Neves, era a oferta de pós-graduação a professores da rede pública.
O diploma daria direito ao docente a ter um aumento salarial (progressão na carreira), mas só seria concedido se ficasse comprovado que seus alunos melhoraram. Após a publicação da reportagem, o ministério divulgou nota dizendo que "decisões nesse sentido caberão exclusivamente a Estados e municípios", pois o ministério "não tem gerência nas carreiras dos professores".
Segundo a nota, estão mantidas outras ações citadas pelo coordenador do programa, como o incentivo a alunos do ensino médio a escolherem licenciatura nas áreas de exatas e biológicas. Serão criados núcleos nas universidades em que os estudantes do ensino médio interessados nessas carreiras poderão começar a ter contato com o ensino superior.
A meta é chegar a 100 mil alunos, incluindo medalhistas em olimpíadas do conhecimento, como de matemática e português. Os alunos participantes ganharão bolsa-auxílio, bancada pela União. Os núcleos contarão também com professores universitários, docentes da educação básica e pesquisadores universitários, na tentativa de aproximar os estudos no ensino superior aos problemas das escolas básicas públicas.
Segundo o próprio governo, um dos principais problemas no setor educacional no país é a falta de professores nas quatro disciplinas. Com o programa, o ministério pretende aumentar a quantidade de jovens interessados no magistério.
O país tem cerca de 250 mil docentes de ensino médio em matemática, física, química e biologia, segundo os últimos dados do governo. Mas boa parte não tem formação na área --em física, são 90%.
Fonte: Folha de São Paulo