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Publicado em 05 de novembro de 2013 às 10h47min
Tag(s): Evento
Reitores e dirigentes de mais de mil instituições de ensino superior da América Latina e de países ibéricos se reunião no Rio em 2014, durante o III Encontro de Reitores Universia, que ocorrerá nos dias 28 e 29 de julho, duas semanas depois da Copa do Mundo no Brasil. Com o tema "A universidade no século XXI", o evento terá ainda convidados de outros países. São esperados dirigentes de instituições como Harvard, nos EUA, e Cambridge, na Inglaterra.
Segundo o reitor da Universidade de Salamanca na Espanha e presidente do Comitê Organizador, Don Ignácio Berdugo, o objetivo central do encontro é debater propostas para abrir o espaço universitário ao exterior, alcançando um universo para além do mundo iberoamericano. Promovido pelo Santander Universidades, o evento ocorreu pela primeira vez em Sevilha, na Espanha, em 2005, e em Guadalajara, no México, em 2010.
- Queremos estimular a mobilidade entre alunos, o intercâmbio acadêmico. As instituições ainda são muito fechadas, o sistema educativo é muito conservador. A educação está acima das fronteiras - avalia Berdugo.
Vinte e duas instituições de ensino superior do Rio fazem parte da rede de parcerias Universia. Entre elas, estão o Instituto Militar de Engenharia (IME), além de universidades federais, como UFRJ, UFF e Unirio, estaduais, como a Uerj, e particulares, como a PUC-Rio.
Para Berdugo, a internacionalização é um dos maiores desafios não só das universidades brasileiras, mas também suas irmãs latinoamericanas. Mesmo sendo idiomas próximos, a barreira entre o português e o espanhol ainda é um obtáculo a ser vencido, na opinião do reitor da Unversidade de Salamanca. No entanto, Berdugo lembra que, desde o lançamento do Ciência Sem Fronteiras, em 2011, esse quadro vem se revertendo:
- Ainda está muito no início para fazer uma avaliação melhor, mas é uma iniciativa que está no caminho certo.
Iberoamericanas muito atrás
Dentre as 100 melhores instituições de ensino superior do mundo, segundo rankings elaborados por consultorias internacionais, nenhuma pertece ao universo iberoamericano. Na lista divulgada este ano pela Quacquarelli Symonds (QS), por exemplo, a mais bem colocada é uma brasileira, a USP, em 127ª posição, seguida pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), em 163º lugar, e pela Pontificia Universidade Católica de Chile, em 167º. Das 200 melhores no planeta, somente seis são iberoamericanas.
Já no ranking 2013-2014 da consultoria Times Higher Education, divulgado no mês passado, o cenário ainda ainda mais desolador. Apenas uma instituição ficou no rol das 200 melhores, a Universidade Pompeu Fabra, da Espanha.
Fonte: O Globo