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Publicado em 31 de março de 2014 às 10h08min
Tag(s): Autonomia Universitária
O ex-reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, esteve na sede do PROIFES-Federação, nesta sexta-feira (28), para uma conferência sobre a autonomia das universidades. A conferência foi proferida na abertura da reunião do Conselho Deliberativo do PROIFES-Federação e estavam presentes os conselheiros e convidados. O tema escolhido é uma das prioridades da agenda do PROIFES em 2014.
De modo geral, o debate abordou diferenças e semelhanças nas dinâmicas de ensino superior do Brasil e de Portugal. Nóvoa iniciou seu discurso falando sobre a solidez das universidades portuguesas que, segundo ele, podem ser facilmente comparadas às instituições europeias. “Podemos afirmar que esse bom resultado se deve à autonomia que elas têm. Isso é uma constatação”, pontuou.
Em seguida, o ex-reitor elencou três fatos que prejudicam a evolução da autonomia. “Primeiro, temos a falta de autonomia na própria universidade. Nesse contexto, os grandes vilões são os processos burocráticos e as gestões empresariais estruturadas nas instituições, que muitas vezes reprimem a visão acadêmica. Em segundo lugar, podemos citar a ausência de liberdade na profissão. Considerando a sistemática vigilância e a frequente prestação de contas do sistema atual, não há tempo hábil para resolver problemas importantes. Por último, é importante frisar a falta de liberdade no serviço. Um professor deveria poder se organizar e se dedicar às atividades que prioriza”, disse.
Após as palavras de António Nóvoa, alguns membros do Conselho Deliberativo promoveram uma rodada de perguntas e respostas. Nesse momento, sete temáticas foram levantadas: o excesso de licitações que atrasam os projetos das universidades; a avaliação individual do professor, que no entender de todos deveria ser qualitativa e não apenas quantitativa; a aproximação – respeitando as peculiaridades – entre as formações técnica e superior; a reformulação do método de escolha da reitoria; a expressiva expansão no alcance do ensino e a dificuldade da manutenção (no caso brasileiro); a privatização (que no Brasil vem em uma crescente e em Portugal é mais tímida); a produção de conteúdo interessado e liberdade de organizar, ao longo da carreira acadêmica, as atividades prioritárias em determinados momentos.
O presidente do PROIFES, Eduardo Rolim, encerrou a conferência e agradeceu a presença do ex-reitor. “Foi um prazer participar desse encontro. Nossa Federação está sempre aberta a esses debates”, finalizou.
António Nóvoa
O professor António Nóvoa é doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Genebra e doutor em História pela Universidade de Paris – Sorbonne. Nóvoa é ex-reitor da Universidade de Lisboa, autor de diversos livros e trabalhos científicos sobre temáticas relativas à profissão docente, à história da educação e à educação comparada.
Fonte: PROIFES-Federação