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Publicado em 03 de fevereiro de 2015 às 10h27min
Tag(s): Movimento Sindical
Centrais sindicais e governo federal vão se reunir nesta terça-feira (3), no escritório da Presidência em São Paulo, para debater as Medidas Provisórias que alteram a concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas, afetando principalmente desempregados e pensionistas.
A reunião vai contar com a presença dos ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência), Nelson Barbosa (Planejamento), Manoel Dias (Trabalho) e Carlos Gabas (Previdência).
O encontro, que é o segundo este ano, acontece depois do Dia Nacional de Luta promovido pelas centrais em 28 de janeiro para pedir a revogação imediata das medidas. Foram realizados atos por todo o Brasil. Somente em São Paulo, mais de 5 mil trabalhadores tomaram a avenida Paulista num ato unificado das centrais em defesa do emprego e dos direitos trabalhistas. Os representantes dos trabalhadores já preparam a 9ª Marcha da Classe Trabalhadora, para o dia 26 de fevereiro, que reafirmará a luta em defesa dos direitos e por mais conquistas.
A primeira reunião aconteceu em 19 de janeiro, e as centrais sindicais saíram do encontro reafirmando que não abrem mão dos direitos e vão sair às ruas para impedir o retrocesso das conquistas.
Caso as negociações não avancem, as centrais buscarão garantir a revogação junto ao Congresso Nacional. O vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nivaldo Santana, afirmou: “Esperamos que o governo atenda as nossas reivindicações. Caso isso não aconteça, naturalmente que o movimento sindical vai pressionar também a Câmara Federal e o Senado, já que as medidas provisórias são votadas no Congresso, para não permitir que esses direitos consagrados dos trabalhadores sejam retirados”.
O secretário de Administração e Finanças da CUT, Quintino Severo, afirma que as centrais vão reafirmar sua posição contrária às medidas. Ele concorda que é preciso construir alternativas para corrigir distorções e eventuais fraudes no uso do dinheiro público, conforme justificativa do governo, mas que os trabalhadores não aceitarão qualquer proposta que retire direitos e penalize trabalhadores. “Por isso, continuaremos insistindo no caminho da negociação e do diálogo”, disse o dirigente.
Fonte: Portal Vermelho
Com informações das centrais sindicais