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ADURN-Sindicato
Publicado em 29 de outubro de 2015 às 10h51min
Tag(s): Comunicação
Tema indissociável do funcionamento da democracia, a comunicação pública no contexto da cidadania está sendo debatida na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desde esta quarta (28) em seminário promovido pelo Fórum Potiguar de Comunicação (Poticom) em parceria com o ADURN-Sindicato.
O encontro apresenta-se como um momento oportuno para discutir e compreender a comunicação pública no sentido mais amplo do que ofertar informação. A iniciativa busca discutir mecanismos para ampliar a participação social e debater os desafios na consolidação de um espaço público de comunicação.
Além da regulamentação da comunicação, o primeiro dia do encontro discutiu o surgimento do conservadorismo nas pautas políticas, a atuação dos veículos de comunicação do país, as novas formas de produção de conteúdo e o seu financiamento. Com essas discussões, o evento propõe um diálogo entre a comunidade universitária e a sociedade potiguar para realizar um diagnóstico local do campo, trazer um panorama das políticas do setor no país, além de propor diretrizes e encaminhamentos para fortalecer o sistema público de comunicação no estado do Rio Grande do Norte.
Na mesa de abertura, o presidente do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte, o vice-diretor do CCHLA, Sebastião Faustino, o chefe do Departamento de Comunicação, Helcio Pacheco, o coordenador do Departamento de Comunicação, Josenildo Bezerra, o membro do Poticom e servidor do Comunica, Iano Flávio, pontuaram a importância do evento que traz para o centro do debate a comunicação pública como ferramenta para o atendimento das demandas da sociedade brasileira.
Na primeira mesa de debate, com o tema “Comunicação Pública: o que temos e o que queremos no Brasil, no Nordeste e no Rio Grande do Norte”, o jornalista e professor da USP, Laurindo Lalo Leal Filho, e a jornalista e professora da UFPE, Ana Veloso, estimularam a discussão sobre conselhos de comunicação, ombudsman, audiências públicas, ouvidorias, transparência pública e políticas de comunicação.
As exposições ampliaram a noção de comunicação restrita a ideia de ‘fazedora e divulgadora’ para uma comunicação estratégica, inserida na vida social e que diz respeito diretamente a toda sociedade.
A discussão sobre “O papel da Comunicação na construção da Democracia” contou com a presença do colunista dos sites Observatório da Imprensa e Agência Carta Maior, Venício Artur de Lima, e da blogueira Conceição Oliveira do Blog MariaFrô, e incluiu a possibilidade de o cidadão ter pleno conhecimento da informação, de expressar suas posições e a perspectiva de participar ativamente, reforçando o papel da comunicação pública na promoção da participação e do estímulo à prática da cidadania.
Para os expositores, é preciso formar uma cultura de comunicação pública, popularizando a educação, a cultura e a ciência, para tentar transformar o modelo comercial da comunicação no país, que distorce a democracia, apresentando o jornalismo como instrumento a serviço do cidadão e da construção da democracia.
Isso porque, a comunicação pública coloca a centralidade do processo de comunicação no cidadão, não apenas por meio da garantia do direito à informação e à expressão, mas também do diálogo, do estímulo à participação ativa, racional e co-responsável.
O Seminário continua a acontecer hoje na sala 2 do Labcom, para a elaboração de um documento final sobre uma Comunicação que seja de fato pública. A programação se estende até a noite.