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ADURN-Sindicato
Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 11h49min
Tag(s): Direitos Humanos
Aprovada em 10 de dezembro de 1948, quando as Nações Unidas pensaram em estabelecer regras de convivência para impedir a deflagração de novas guerras -- que a vida comprovou ser de alcance limitado, já que de 1945 até hoje o mundo teve de conviver com inúmeros conflitos armados de todo o tipo -- a Declaração Universal dos Direitos Humanos se transformou em uma espécie de convenção mãe dos instrumentos humanitários de alcance internacional que em 30 artigos desenvolve uma ideia central: "todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos".
Por assinalar a fase de internacionalização dos direitos humanos e interferir na elaboração de dezenas de tratados e convenções, a Declaração é um marco na história da luta pela efetivação dos direitos humanos em todo o mundo e se apresenta como instrumento essencial para o debate, o resgate e a promoção dos Direitos Humanos e convida a celebrar e, sobretudo, refletir sobre o modo como indivíduos, Estado e sociedade podem contribuir para a realização de um roteiro para paz na humanidade, com a construção de um mundo mais justo, mais igual, mais solidário.
A diversidade de formas de celebração permite ter uma dimensão de como essa data tem propiciado congregar os mais diferentes grupos sociais e temas que tratam dos Direitos de Crianças e Adolescentes, do Direito à Terra, da Cidadania LGBT, da Educação em Direitos Humanos, Democracia, das Populações Tradicionais, Quilombolas e Afrodescendentes, das Pessoas Idosas, da Saúde Mental e Combate à Tortura, das Pessoas com Deficiência, Migrantes e do Direito à Memória e à Verdade, dentre outros tantos, em todo o mundo.
Como meio privilegiado de reflexão sobre o homem, seus gestos e o curso da civilização, as mais diversificadas discussões em simpósios, palestras, congressos e encontros, ou ainda a partir de feiras de artesanatos, livros, ou outras modalidades de expressão cultural, revelam a capacidade múltipla e diversificada com que cada cultura procura seus próprios caminhos de expressão e de diálogo, com o espírito e propósito de levar a experiência dos direitos humanos ao maior número de pessoas.
O movimento social, as entidades sindicais e de jovens, de defesa dos direitos humanos, não podem ficar alheias a esse debate que vem sendo desenvolvido em várias instâncias. Apesar da consolidação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, há dificuldades em sua implantação. São vários os desafios para consolidar as bandeiras dos direitos humanos e sofremos muitas ameaças de retrocesso.
A mídia grande e monopolizada, que poderia ter papel decisivo nesse campo, atualmente procura confundir direitos humanos com a defesa de crimes bárbaros. Será necessário mobilizar todos os recursos disponíveis do campo democrático e popular para enfrentar a violência que segue grassando no país, nas delegacias, nas prisões, no campo e nas ruas das grandes cidades, combatendo a desigualdade social, a pobreza e a miséria.
O ADURN-Sindicato acredita e defende o debate permanente, a qualificação de militantes sociais e a articulação para medidas efetivas de denúncia e exigibilidade de direitos como ações necessárias para valorização e promoção dos direitos humanos de mulheres, da população LGBT, dos negros e das negras, das populações tradicionais, das crianças e adolescentes, das pessoas com deficiência e da população idosa.