Conselho de Representantes decide pela realização de Assembleia com indicativo de greve

Publicado em 31 de maio de 2016 às 20h36min

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Reunido na tarde desta terça, 31, o Conselho de Representantes do ADURN-Sindicato, à luz do resultado da consulta eletrônica aos docentes da UFRN, que avaliou o afastamento da Presidente Dilma Rousseff como golpe e traçou estratégia de ação em caso de não cumprimento do acordo salarial e de carreira dos professores pelo governo interino de Michel Temer, deliberou pela realização de uma Assembleia com indicativo de greve para o próximo dia 7 de junho.

A decisão foi tomada depois de ampla discussão sobre a conjuntura política do país e de análises sobre o governo interino e suas primeiras medidas, que já ameaçam os direitos dos trabalhadores, as políticas e a estrutura do Estado brasileiro e o serviço público.

As avaliações apontaram para a turbulência das nomeações, demissões, extinção de importantes Ministérios como o da Ciência, Tecnologia e Inovação, da mudança da Previdência social do Ministério do Trabalho para o da Fazenda, indicando a visão de privatização, entre outras medidas adotadas pelo governo interino do vice Michel Temer que têm afetado diretamente a Educação Pública, em especial o ensino superior, e colocado em risco o cumprimento do acordo salarial e de carreira dos docentes das Instituições Públicas Federais negociado em 2015.

Para os presentes, o vice, que ocupa interinamente a presidência, não possui competência para colocar em prática reformas institucionais, econômicas e sociais e/ou romper com os programas instaurados.

Os Conselheiros demonstraram preocupação com a presença do parlamentar do DEM, Mendonça Filho, para comando do Ministério da Educação e Cultura (MEC), que sinaliza um viés privatizante, com o enfraquecimento da proposta inclusiva que vinha sendo adotada até então, com programas como o Fies, o ProUni e a expansão das universidades federais. A meta de aplicação dos 10% do PIB no ensino público a ser alcançada em 2024, conforme definição do Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014, também deve ficar ainda mais distante.

ADURN Sindicato
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