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Publicado em 01 de julho de 2016 às 09h04min
Tag(s): Brasil
Os estudantes secundaristas participantes das ocupações nos colégios em São Paulo, contrários ao programa do governo Alckmin de reorganização escolar que pretendia fechar 94 escolas em todo o estado, denunciam que estão sendo acusados por furtos e roubos de objetos, durante a ação de luta contra o desmonte da educação promovida pela gestão tucana.
Lucas, que estuda no colégio Caetano de Campos do bairro Aclimação, participou da ocupação em sua escola e considera a ação da PM uma represália do Estado. "Isso é uma retalhação, alunos do ensino publico, que resistiram em suas escolas contra a reorganização escolar, estão sendo convocados a prestarem depoimentos, sendo inicialmente acusados por roubo e furto que, segundo os policiais, ocorreram durante as ocupações", denuncia.
Entenda o caso
O Governador Geraldo Alckmin, em novembro de 2015, decidiu fechar 94 escolas estaduais. A ação fazia parte do plano de reorganização escolar, projeto relâmpago que não passou pela consulta de educadores, alunos ou pela comunidade escolar. Contrários a ação, os estudantes secundaristas chegaram a ocupar 200 escolas em todo o estado, ganhando a opinião pública e gerando a rejeição do governador Geraldo Alckmin.
Tentando conter a situação, Alckmin optou pela truculência e, em diversas manifestações, secundaristas foram feridos e presos.
Recuado, o governador foi obrigado a demitir o seu secretário de Educação, Herman Voorwal, e cancelou o plano, porém, educadores e organizações que lutam em defesa da educação denunciam que o plano de reorganização escolar continua sendo implementado por Alckmin.
Do Portal Vermelho, Laís Gouveia