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Publicado em 04 de julho de 2016 às 11h20min
Tag(s): Movimentos
A Polícia Militar invadiu na manhã deste sábado (2) a ocupação da Fábrica de Cultura da Brasilândia, zona norte da cidade. A PM levou para o 72ºDP (Vila Penteado) 20 estudantes em um micro-ônibus. Segundo a página O Mal Educado, que informa sobre a mobilização dos estudantes no Facebook, a operação foi feita sem mandado judicial e a mando da Organização Social Poiesis e do governo do estado.
“Os diretores da Organização Social, Tieta e Dr. Henzo, estão no local junto com a Polícia que realiza sua ação ilegal e arbitrária. Todos os presos, muitos deles menores, tiveram seus celulares pegos pelos PMs. No camburão, o grito é um só: não tem arrego!”,afirma a postagem dos estudantes, que pedem solidariedade e apoio de outros estudantes.
“Porta da fábrica da Brasilândia hoje de manhã: 2 bases, 8 viaturas, 3 motos e a polícia de arma na mão. Estão dizendo que querem entrar no prédio para tirar as pessoas, vestindo joelheira, preparando as bombas... E aí Poiesis, que cê tá querendo???”, afirmou postagem dos estudantes por volta de 8h.
A ocupação na Brasilândia começou na manhã de ontem (1) e já com ameaças da Poiesis, segundo os estudantes, que mandou cortar a energia do prédio. Alguns estudantes teriam ficado presos no elevador. Já o cerco policial ao prédio começou na noite de ontem (1): “Governo e Poiesis mandam viaturas em peso para tentar intimidar os aprendizes na madrugada. Mas não tem arrego! Sem mandado judicial, só podem ficar do lado de fora. A ocupação resiste noite adentro, rumo ao segundo dia. Todo apoio é bem-vindo!”, postaram ontem à noite os estudantes.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que cerca de 20 ocupantes foram encaminhados ao 72º DP após a desocupação e que ainda permaneciam no local, às 16h20, porque a ocorrência ainda estava em andamento.
A SSP-SP não soube informar se havia um mandado judicial ou não. Segundo a nota divulgada, “a PM agiu a pedido da Secretaria de Cultura (do estado), que solicitou apoio para a ação”.
Fonte: Rede Brasil Atual com Agência Brasil