Após informação divulgada pelo PROIFES-Federação, MEC recua e diz que não vai cobrar mensalidade nas IFES

Publicado em 29 de março de 2017 às 14h50min

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Diante da repercussão causada pela matéria divulgada pelo PROIFES-Federação no último dia 24, o ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou nesta quarta-feira (29) que não há qualquer possibilidade de o governo passar a cobrar mensalidades nas universidades ou nos institutos federais.

Na matéria, publicada originalmente na edição de março do Jornal do Professor do ADUFG-Sindicato, o PROIFES-Federação tornou público que a secretária executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, defendeu em audiência com a Entidade, no dia 16 de fevereiro, a cobrança de mensalidades nas universidades e institutos federais.

Durante a reunião com a Federação a secretária afirmou: “Eu sou de universidade, defendo a educação pública, mas acho que temos de olhar para a situação real. Não podemos criar situações incompatíveis com o mundo que estamos vivendo, de queda de receita, de mudança no paradigma da economia do país. Nós só aumentamos em folha de pagamento”.

Em seguida, também disse: “Aliás, nem sei ainda que países têm universidades públicas plenamente gratuitas para todos, independente da situação sócio- econômica. O Brasil não pode ficar fora do mundo real”.

Na ocasião, o presidente do PROIFES, Eduardo Rolim, foi contra os argumentos da secretária e defendeu “que a graduação e a pós-graduação não devem ser cobradas, até por questão de realidade nacional, diferente do Brasil para os outros países”. O dirigente ainda argumentou que a medida exigiria uma reforma constitucional. “Mas tudo é possível”, rebateu Maria Helena. “Não acabamos de votar várias PECs? Até a PEC do Teto nós votamos”, concluiu.

Apesar de terem sido feitas em uma reunião oficial, para o ministro da educação as afirmações da secretária-executiva do MEC foram apenas uma reflexão geral sobre um debate histórico. Segundo Mendonça, isso não foi sequer discutido no Ministério da Educação.

O presidente do ADURN-Sindicato, professor Wellington Duarte, alerta para que todos estejam atentos. “A denúncia feita pelo PROIFES-Federação foi de extrema importância à medida que tornou pública essa informação. A nossa responsabilidade neste momento é a de construir um amplo movimento de resistência, para que o Governo se sinta cada vez mais pressionado a recuar nesses projetos de desmonte do Estado”, disse.

 

*Com informações do PROIFES-Federação e do Brasil 247

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