Primeiro de Maio: A resistência contra o retrocesso

Publicado em 29 de abril de 2017 às 09h17min

Tag(s): Editorial



A luta histórica dos trabalhadores, comemorada no Primeiro de Maio a cada ano em diversos países, teve sua origem numa brutal violência contra operários de Chicado, na chamada Revolta de Haymarket, em que quatro operários foram condenados a morte e posteriormente considerados inocentes. E há cento e vinte e oito anos a Segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, decidiu reverenciar a memória dos operários de Chicago realizando manifestações anuais em homenagem à sua luta, escolhendo a data de primeiro de maio como data-base para as futuras manifestações.

No Brasil, as manifestações com base em primeiro de maio começaram em 1919, ano de grandes manifestações por direitos. E a partir de 1939 essa data passou a ser oficialmente considerada como uma data comemorativa para os trabalhadores brasileiros.

Hoje, setenta e quatro anos depois do anúncio da criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e vinte e sete anos depois da implementação do Regime Jurídico Único (RJU), que regulamentou as relações de trabalho para os servidores públicos da União, a classe trabalhadora enfrenta uma das maiores ameaças já registradas por nossa história. Um conjunto de emendas constitucionais e projetos de lei ameaçam todos os trabalhadores brasileiros, assim como a população de uma forma geral.

A Emenda Constitucional 95, que congelou os gastos sociais por vinte anos; o projeto de Lei 4.302/1998, que implementou a terceirização plena para todos os trabalhadores; o Projeto de Lei 6.787/2016, que destrói as bases da CLT; e a Proposta de Emenda à Constituição 297/2016, que acaba com a Seguridade Social estabelecida na Constituição de 1988, formam um quadrilátero de potencial destrutivo para os trabalhadores brasileiros.

Assim sendo, o ADURN-Sindicato, na data de Primeiro de Maio, conclama a todos os professores da UFRN e das demais instituições de nível superior do RN; a todos os membros da comunidade acadêmica da UFRN e congêneres; a todos os trabalhadores da Educação potiguar; a todos os trabalhadores do Rio Grande do Norte, a somar com os movimentos nacionais e impedir esse enorme retrocesso, posto em prática num ambiente de insegurança econômica e institucional.

ADURN Sindicato
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