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ADURN-Sindicato
Publicado em 16 de maio de 2017 às 17h01min
Tag(s): Audiência
Discutir o papel das universidades federais no atual contexto vivenciado pelo país, o cenário das Instituições Federais de Ensino e questões de ordem financeira da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Este foi o objetivo da audiência que o presidente do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte, e o diretor Oswaldo Negrão tiveram na tarde desta terça-feira, 16, com a reitora da UFRN, Ângela Paiva Cruz.
O presidente do Sindicato, o professor Wellington Duarte, falou sobre o papel das Universidades e do Sindicato na ampliação dos debates das medidas que vêm sendo implementadas e atingem os trabalhadores, os servidores e o serviço público, e abordou os projetos “Na Trilha da Democracia”, que em sete edições já envolveu mais de 3000 pessoas, e “Diálogos”, que será lançado nesta quinta-feira, 18.
"É um momento ímpar na história do movimento docente da UFRN, unindo os esforços do Sindicato dos professores em estabelecer diálogos com a comunidade a sociedade em geral, tendo a parceria da Cooperativa Cultural. Representa um passo ousado do Sindicato para aprimorar sua ação sindical e política em defesa da categoria\", ressaltou o dirigente.
O dirigente abordou ainda o dramático cenário das Instituições Federais de Ensino no contexto do contingenciamento de recursos e questionou a reitora, que preside a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), como está a relação com os ministérios da Educação e do Planejamento.
Ângela apontou preocupação especial com a insuficiência dos repasses financeiros, já que a LOA 2017 foi aprovada com um valor de custeio de 6,74% menor, em relação 2016. No caso dos recursos de capital, os cortes foram 50% em relação ao mesmo ano. De acordo com a presidente da Andifes, esse critério de financiamento da educação pública superior é mais restritivo do que o previsto na Emenda Constitucional nº 95 (PEC 55), aprovada sob a garantia de não reduzir recursos para a educação. “A realidade é que os recursos de capital não estão sendo liberados. Nossa maior preocupação é que o orçamento 2017 seja insuficiente para o funcionamento regular das universidades, bem como consolidar os projetos pactuados com o MEC e a expansão do sistema federal de educação superior”, explicou.
Ao tratar da reunião que a ANDIFES teve no último dia 19 de abril com a secretária executiva do Ministério da Educação (MEC), Maria Helena Guimarães de Castro e o secretário de Educação Superior (SESu/MEC), Paulo Barone, a reitora abordou outras questões que preocupa os gestores e que estão elencados em documento entregue ao governo, como a suplementação orçamentária para fazer frente às despesas de custeio.
Para Ângela, é preciso garantir a liberação regular de limites orçamentários e recursos financeiros, para que as universidades possam cumprir seus compromissos institucionais