PROIFES-Federação participa do IV Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano, em Belo Horizonte

Publicado em 20 de novembro de 2017 às 14h35min

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“Democracia e Resistência: A Educação Pública em Luta” é o mote do IV Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano, que começou na quarta-feira, 15, e se encerrou nesta sexta-feira, 17, no Centro de Convenções do Actuall Hotel, em Belo Horizonte. Cerca de 750 dirigentes sindicais de 21 países da América Latina, Estados Unidos, Espanha, Suécia, Noruega, França e Bélgica, além dos representantes das 50 entidades filiadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) participaram do evento.

O Encontro analisou o contexto atual da educação pública e a Pedagogia na América Latina para definir as lutas do movimento sindical neste segmento. O panorama da privatização e mercantilização da educação, as políticas neoliberais, a gestão democrática e a participação social, além das novas tendências educativas e os direitos trabalhistas são alguns dos temas debatidos pelos participantes.

O PROIFES-Federação participou do evento com uma delegação representativa de diretores, com seu vice-presidente, Flávio Silva (ADUFG-Sindicato), o tesoureiro Nilton Brandão (SINDIEDUTEC-PR), a secretária Luciene Fernandes (APUB-Sindicato) e o diretor de relações internacionais Gil Vicente (ADUFSCar), e representantes diferentes sindicatos federados: Nildo Manoel da Silva Ribeiro, Ana Clara de Rebouças Carvalho e Fernanda Almeida, da APUB-Sindicato, Liliane Madruga Prestes, da ADUFRGS-Sindical, Matilde Alzeni dos Santos, da ADUFSCar, Otávio Bezerra Sampaio, do SINDIEDUTEC, e Geovana Reis (ADUFG-Sindicato).

Na mesa de abertura, Flávio Silva destacou o momento de união de todos os esforços para combater a privatização e mercantilização do ensino no Brasil e no mundo. “Este evento é uma oportunidade de compartilhar experiências de mobilização na América Latina, unir esforços pela educação superior pública e gratuita e contra a privatização do ensino”, afirmou Silva.

O vice-presidente do PROIFES-Federação também citou o caso do Brasil, em que o governo retira recursos da universidade e de investimentos em ciência e tecnologia, e promove ataques aos servidores e servidoras públicos federais. “O PROIFES considera inaceitáveis os ataques à universidade e aos servidores, e juntamente com a Internacional de Educação, CNTE, Contee, e outros parceiros, vem debatendo e traçando propostas para evitar o crescimento da privatização e mercantilização do ensino no Brasil e no continente”.

Declaração de Belo Horizonte

Os participantes do IV Encontro aprovaram nesta sexta-feira, 17, a Declaração de Belo Horizonte, que vai indicar o rumo das políticas das organizações sindicais dos países da América Latina e teve como destaque a convocação de uma jornada de luta latino-americano para enfrentar a privatização e a mercantilização da educação.

O documento final reafirmou que o Movimento Pedagógico Latino-Americano assume o desafio de construir coletivamente os fundamentos de uma proposta de educação enraizada na cultura e na tradição política da educação como ferramenta para atender os setores populares.

O evento é organizado pela IEAL (Internacional da Educação para a América Latina), em conjunto com a CNTE  e o apoio da Larärforbundet, da Suecia, e da Utdanningsforbundet, da Noruega.

Durante o evento também foi realizada a XI Conferência Regional da IEAL, e nos dias 13 e 14, o encontro da RED de Trabajadoras de la Educación de la IEAL, que ampliou a discussão sobre a igualdade de gênero nos sindicatos, que contou a participação da secretária do PROIFES, Luciene Fernandes.

"O evento contou com a participação de mulheres de toda América latina e, entre os temas, houve o debate da conjuntura política e sua importância para a discussão sobre gênero em momento de grandes retrocessos, perdas de direitos e aumento do autoritarismo", detalhou Luciene, acrescentado que também foi abordada " a importância da transversalidade da discussão de gênero com temas como LGBTI, pois não lutamos por um modelo de mulher única, mais sim lutamos pela igualdade e respeito por todos e todas", concluiu a presidente da APUB-Sindicato.

Com informações CNTE

Fotos: CNTE

 
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