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Publicado em 24 de novembro de 2017 às 11h16min
Tag(s): Debate
O mundo vivencia um momento de desconstrução dos valores sociais e o desafio do movimento sindical é extremamente grande no futuro que se apresenta. O diagnóstico foi trazido pelo presidente do PROIFES-Federação, Eduardo Rolim, que esteve no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte nesta quinta, 23.
O professor da ADUFRGS Sindical fez um balanço do cenário político internacional e apontou perspectivas para as organizações sindicais em 2018 para uma plateia de estudantes, docentes e servidores da UFRN.
Rolim avaliou que pensar em 2018 como se o Brasil fosse uma ilha é um equívoco e atribui a política atual de desnacionalização à força dos grandes conglomerados, que tem grandes interesses econômicos. “O que importa é a capacidade deles de aferirem lucro, continuar o processo de renovação do capitalismo de tal modo que essas empresas vão se livrando das regulações internacionais para facilitar seu mercado e seu acesso às riquezas. E tudo vai sendo destruído por isso”.
Neste sentido, para Rolim, a tentativa de trazer a Educação para esse espírito de livre comércio é algo que efetivamente os movimentos ligados à área devem se preocupar.
Ao falar que a ameaça à Educação Superior Pública e gratuita parte da concepção de Universidade do qual eles são contra, Rolim avalia que para o próximo ano “teremos um grande embate, que espero que a ADURN esteja muito firme nessa discussão conosco, que é a III Conferência Regional de Educação Superior, promovida pela UNESCO, na sua seção latino-americana, que vem dentro de um processo de mudança global em relação ao o que se é Educação”.
O professor lembrou que há dez anos atrás, a América Latina disse não à liberação do comércio da Educação no mundo em Conferência realizada na Colômbia. Quando o embate foi para Paris, em 2009, a América Latina derrotou o liberalismo Europeu. Contudo, Rolim coloca em questão a posição dos Estados latinos para 2018. “Corremos um sério risco de termos aprovada nessa Conferência da UNESCO a concepção de que a educação é mercadoria e ela pode ser comercializada e isso ir para os acordos internacionais”, enfatizou.
Ao falar sobre as perspectiva para o movimento sindical, Eduardo ressaltou o momento de ataques aos direitos dos trabalhadores. Na abordagem da mudança na legislação trabalhista, Rolim lembrou dos impactos na volta das condições análogas à escravidão no Brasil e as consequências do enfraquecimento das entidades sindicais.
Apesar da mudança não afetar o financiamento do PROIFES nem de seus sindicatos filiados, que já não recebem os valores do Imposto Sindical, Rolim avalia como grave para organização do movimento sindical já que representará o fim da existência de muitos sindicatos, a exemplo dos colegas do setor privado que terão a renda de suas entidades diminuídas em 40% a 60%. “Os trabalhadores não terem sindicatos coloca em xeque a luta da resistência do povo brasileiro contra a retirada de seus direitos, como estamos vendo acontecer”, afirmou Rolim.
Ao lado da crescente retirada de direitos, Eduardo ressalta o crescimento da direita de valores, de costumes que quer impor coisas absurdas, como a impossibilidade das mulheres realizarem aborto em caso de estupro, a Escola Sem Partido, que prevê processo a professores que tratarem de temas político em sala de aula.
Portanto, para o dirigente, o desafio do movimento sindical é extremamente grande nesse futuro que se coloca. “Não podemos aceitar a ideia da naturalização da corrupção e, ao mesmo tempo, não é possível aceitar a ideia da criminalização da política”. Para Rolim, é grave a ideia de desconstrução da Democracia no país e que, por isso, não dá para achar que a solução é simples.
Nesse sentido, o professor defendeu que a saída para crise política, econômica e institucional no Brasil passa pela Democracia, pela Educação Pública e pela preservação das organizações e do movimento sindical.