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Publicado em 04 de dezembro de 2017 às 15h17min
Tag(s): Lançamento
Diante de um cenário de completo “entreguismo” protagonizado pelo Governo Temer, nesta quinta-feira (07) será lançada em Natal a Frente em Defesa da Soberania Nacional. O movimento tem por objetivo a promoção de um amplo debate sobre a agenda de privatizações do governo a fim de apresentar uma proposta que possa garantir que os recursos naturais brasileiros sejam usados no desenvolvimento nacional.
O evento acontece a partir das 9h30, no plenarinho da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e contará com palestra do Senador Roberto Requião (PMDB/PR), presidente da Frente Parlamentar.
A Frente, que já foi lançada em outros estados, tem alertado a população sobre os impactos que os constantes ataques à soberania nacional trazem para a sociedade brasileira. Para isso, publicou um manifesto no mês de agosto em que se compromete com a luta organizada contra o “processo de esbulho do patrimônio brasileiro”. Confira o documento abaixo:
MANIFESTO DE ADVERTÊNCIA DO POVO BRASILEIRO
Manifesto de Advertência da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional aos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo do Brasil, ao Ministério Público Federal, às Nações Unidas, ao Tribunal Internacional de Justiça, à Organização dos Estados Americanos, às Nações estrangeiras com representação em nosso país, ao mercado nacional e global, aos meios de comunicação internos e externos.
Que todos saibam e, cientes, arquem com as consequências:
O atual Governo Brasileiro é rejeitado por 95 por cento da população, um índice de desaprovação jamais registrado em nossa história. Mais ainda: 97 por cento dos brasileiros querem que o presidente da República seja julgado por corrupção ativa. Da mesma forma, os principais operadores da administração da União, assim como os seus líderes no Congresso Nacional, são alvos da Operação Lava Jato e outras investigações.
Face ao que a legitimidade das decisões da administração pública federal é contestável juridicamente, moralmente, eticamente.
A extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados na Amazônia, colocando à disposição do mercado global fabulosas reservas minerais; a venda de terras, sem limite de extensão a estrangeiros; a venda do patrimônio público nacional, nas áreas de energia elétrica, petróleo e infraestrutura aeroportuária, medidas há pouco anunciadas, agridem fortemente os objetivos nacionais permanentes definidos pela nossa Constituição, põem em risco a segurança nacional e impedem a consecução do projeto de construção do Estado-Nação brasileiro.
Assim, que todas as empresas e todos os países que participarem desse processo de esbulho do patrimônio brasileiro considerem-se advertidas: o atual governo não tem legitimidade para violar a riquíssima biodiversidade da Amazônia e doar as riquezas de seu solo.
Logo, se algumas dessas medidas efetivarem-se, recorremos a um Referendo Revogatório para anular decretos, portarias, legislações, restabelecendo o direito dos brasileiros sobre o seu território, o espaço aéreo, o mar territorial, suas florestas, suas riquezas minerais, sobre a produção e distribuição de energia elétrica, sobre o petróleo, notadamente suas reservas da camada pré-sal.
O Direito Brasileiro e a jurisprudência firmada a partir das decisões de nossos Tribunais Superiores são muito claros quanto à prevalência do interesse público sobre direitos adquiridos.
Não há, portanto, qualquer segurança jurídica, qualquer garantia àqueles que decidirem se aproveitar de um governo ilegítimo para se apropriarem do sagrado patrimônio dos brasileiros.
O fato das mineradoras internacionais, especialmente as canadenses, terem tomado conhecimento antecipado do assalto à Reserva Nacional do Cobre é da mais extrema gravidade e vamos investigar quais foram os responsáveis pela inconfidência, para as providências legais cabíveis.
Paralelamente, a Frente Parlamentar em Defesa da Soberania, que reúne 201 deputados federais e 18 senadores, vai se unir a outras organizações da sociedade brasileira para impedir, através de mobilizações populares e jurídicas, que se arranhe um centímetro sequer da Amazônia, assim como para evitar a venda de terras, do sistema elétrico, a alienação do pré-sal, do espaço aéreo e marítimo, da infraestrutura aeroportuária. É a advertência que fazemos.
Respeitem o Brasil! Tirem suas mãos da Amazônia, de nossos minérios, da nossa energia e de nosso petróleo!
Sendo assim, os signatários desta advertência se comprometem a trabalhar pela efetivação do Referendo Revogatório de todas as arbitrariedades citadas, tão logo a legitimidade dos mandatos populares seja restabelecida no Brasil.
Brasília, agosto de 2017