Dois terços dos universitários das federais têm renda familiar de 1,5 salário mínimo

Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 10h16min

Tag(s): Educação Superior



Levantamento coordenado pela Andifes e Fonaprace revela perfil social de estudantes de federais e lança quinta edição da pesquisa este ano

Entre 2003 e 2014 o número de alunos negros triplicou no ensino superior federal e o grupo de negros pardos passaram a representar nos últimos três anos 47,5% do total de estudantes das universidades federais. O levantamento é da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) que junto com o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assistência Estudantil (Fonaprace) realizará a quinta edição da Pesquisa do Perfil Socioeconômico dos Estudantes das Universidades Federais em 2018.

A organização destaca que os levantamentos anteriores mostraram, ainda, que dois terços dos universitários têm origem em famílias com renda média de 1,5 salário mínimo enfraquecendo o debate de que os estudantes do ensino superior tem condições de bancar do próprio bolso as universidades públicas.

Segundo a Andifes, o aumento da inclusão de jovens com esse perfil foi possível graças a políticas sociais considerando os processos seletivos massivos, como o ENEM, a criação de mais de 300 campi no interior do País e a Lei de Cotas, criada em 2013, e que garantiu o ingresso de 32% dos estudantes que compõem o corpo discente das 63 universidades federais brasileiras.

Para o secretário executivo da Andifes, Gustavo Balduino, os indicadores gerados pela pesquisa ajudam a aumentar a eficiência da gestão dos recursos públicos destinados às universidades federais. Já a coordenadora da pesquisa, professora Patrícia Vieira Trópia reforça que a consulta pública contribui com o “caráter público, gratuito, de qualidade e inclusivo”, dessas instituições de ensino. Argumento compartilhado pelo coordenador do Fonaprace, professor João de Deus Mendes.

Ele aponta que a quinta edição da iniciativa é resultado de “aperfeiçoamento das anteriores” e servirá como base para a redefinição de políticas estudantis fornecendo “dados relevante para pesquisas, bem como instrumentalização na defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade”, preconizando a “assistência estudantil como política de garantia da permanência e êxito desses discentes”, completou.

A pesquisa vai ser disponibilizada no modelo de banner-convite com um link de acesso ao questionário nos sites das universidades. Quando o estudante for acessar os respectivos portais de suas universidades para realizar matrícula será convidado para responder a pesquisa.

Por Jornal GGN 

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