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Publicado em 21 de março de 2018 às 14h59min
Tag(s): Ensino Superior
“O ataque à UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), é o mesmo ataque à universidade federal de Santa Catarina, o mesmo ataque a professora do departamento de gênero da Universidade de São Carlos, e o mesmo ataque ao professor Luis Felipe Miguel, quando, dentro de todos os trâmites da universidade, dentro da sua autonomia, propõe uma disciplina e é ameaçado por seriamente por órgãos oficiais”, afirmou o presidente do PROIFES-Federação, Nildon Brandão (Sindiedutec-PR), que juntamente com o tesoureiro Flávio Silva (ADUFG-Sindicato), representam a entidade no Seminário Andifes “Autonomia Universitária”, que acontece nesta quarta-feira, 21, na sede da UFMG, em Belo Horizonte.
“Estes ataques às universidades perpassam por diversos momentos, mas são os mesmos, e precisam ser combatidos com veemência”, acrescentou Brandão. O debate faz parte da agenda de discussões da Andifes acerca de temas relevantes para as universidades e para a sociedade.
A autonomia universitária é um dispositivo constitucional no Brasil e uma conquista das universidades do mundo inteiro. Mas até que ponto ela vem sendo respeitada? Qual é a importância de se garantir o direito à liberdade de pensamento? Quais são as formas de restringir a autonomia? Quem são os sujeitos da autonomia? Autonomia universitária em relação a quem? Estes são alguns dos temas em discussão nesta edição do Seminário.
Para o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes), reitor Emmanuel Tourinho, a autonomia é um avanço histórico, e diz respeito à liberdade de gestão financeira, administrativa e de pensamento, ou seja, a liberdade de cátedra dentro das universidades.
Organizador do seminário, o secretário-executivo da Andifes, Gustavo Balduino, afirma que “a autonomia, para além de ser um estatuto do ente universidade, é um bem valoroso para as sociedades civilizadas”.
Para debater o tema, foram convidados os reitores e ex-reitores Ângela Maria Paiva Cruz (UFRN), Clélio Campolina Diniz (UFMG), Roberto Leher (UFRJ) e Wrana Maria Panizzi (UFRGS).
Homenagem
Antes de ser homenageado, o ex-ministro da Educacao, professor Murílio Hingel, falou sobre "Educação e Soberania". Hingel recebeu da Andifes a medalha “Mérito Educacional Andifes”, condecoração criada em 2007, como um reconhecimento a personalidades que desempenharam papeis relevantes para a Educação, para a Ciência e Tecnologia, e, consequentemente, para o País.
Murílio Hingel foi ministro da Educação de 1992 a 1995. Licenciado em Geografia e História pela Faculdade de Filosofia e Letras de Juiz de Fora, se especializou em Planejamento Educacional para o Ensino de 1º e 2º graus, além de lecionar e dirigir várias instituições de ensino superior e de 1º e 2º graus e exercer cargos técnicos e administrativos em Juiz de Fora e em outras localidades de Minas Gerais.
Fonte: PROIFES com Ascom Andifes
Fotos: Andifes e PROIFES/Divulgação