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Publicado em 18 de setembro de 2009 às 15h09min
Tag(s): Ensino a distância
No terceiro discurso feito nos últimos dias sobre os problemas da educação no Brasil, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) pediu aos governos, especialmente ao governo federal, que adotem medidas para "o verdadeiro desenvolvimento" do ensino a distância. Disse que, apesar das modernas tecnologias deste ensino, os professores nem sempre estão preparados para o seu uso, tantos nas escolas públicas quanto privadas.
Ponderou que este sistema "não é uma panacéia que poderá resolver todos os nossos problemas educacionais", mas se trata de uma área promissora. Citou o especialista Cláudio de Moura e Castro, para quem um dos problemas do ensino a distância se deve ao fato de que ele costuma ficar nas mãos de "gente de formação técnica e movida por imperativos técnicos". Assim, as soluções, conforme o especialista, acabam sendo "uma resposta de engenharia a um problema de educação ou de organização".
Mozarildo Cavalcanti entende que o foco do ensino a distância deve estar na área educacional, pois a tecnologia neste caso é apenas o meio de enviar as informações aos alunos. "Isso demonstra que o professor é insubstituível na tarefa de comandar o processo educacional", opinou. Ele informou que o Brasil já conta com 761 mil estudantes de graduação a distância, matriculados em 145 instituições, das quais 70 públicas. Mozarildo destacou ainda que o seu estado, Roraima, já conta com uma universidade a distância - Universidade Virtual de Roraima -, a qual atende a praticamente todos os municípios.
Em aparte, o senador Osvaldo Sobrinho (PTB-MT), ex-secretário de Educação do seu estado, opinou que o mundo "caminha inexoravelmente" para a educação a distância. Admitiu, no entanto, que existem problemas, pela falta de pessoal técnico para operar os novos equipamentos, os quais ficam "de dois a três anos" encaixotados por não existir há pessoal qualificado para sua operação.