Ações de enfrentamento a retrocessos pautam debate no XIV Encontro do PROIFES

Publicado em 27 de julho de 2018 às 09h44min

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A reafirmação do compromisso político de intensificar a luta em contraponto aos ataques à Educação pública e a direitos e conquistas emprestou o tom aos debates do tema sobre Conjuntura Nacional e Perspectivas dos Movimentos Sociais no segundo dia do XIV Encontro Nacional do PROIFES-Federação, nesta quinta, 26.

À luz da violação dos direitos e do processo de desmonte do Estado, do serviço público e das políticas educacionais, delegados e observadores discutiram os desafios e estratégias de enfrentamento do PROIFES.

Dez textos foram apresentados por representantes dos sindicatos federados de todas as regiões do país e permitiram a reflexão para construção da defesa da soberania e das pautas e conquistas históricas do movimento docente no Brasil.

Emenda Constitucional 95

Entre os principais pontos, a necessidade da revogação da Emenda Constitucional 95. “É o mínimo obrigatório se quisermos que a Educação e o Brasil tenham futuro”, afirmou o professor Gil Vicente, da ADUFSCar, que fez, ainda, a defesa de uma reforma fiscal solidária, considerando estes dois aspectos elementos de um enfrentamento inevitável.

Apresentada como uma das principais bandeiras de luta do PROIFES-Federação neste segundo semestre, a revogação desta emenda foi pautada também pelo professor Luis Antônio Serrão Contim, da ADUFG Sindicato, que tratou sobre as estratégias de luta da categoria docente neste enfrentamento.

Desafios do PROIFES-Federação

O papel do PROIFES no projeto de democratização do movimento docente foi lembrado pelo professor Wellington Duarte, presidente do ADURN-Sindicato. O dirigente ressaltou, ainda, a necessidade de se fortalecer a Federação no atual contexto. “Num momento em que estamos vivendo num regime de exceção e que os ataques frontais aos direitos dos trabalhadores ameaçam destruir as organizações, fortalecer a federação é, antes de tudo, uma estratégia de sobrevivência da própria representação docente”, afirmou.

Na discussão sobre os desafios do movimento docente, a trajetória do PROIFES e a consolidação da Federação como representação do conjunto de professores das universidades e institutos federais foi ressaltada pela professora Gilka Pimentel, vice-presidente do ADURN-Sindicato e diretora de Comunicação do PROIFES.

A dirigente fez uma exposição da cronologia da história do PROIFES a partir de 2004 e destacou o perfil propositivo e responsável do PROIFES ao longo de sua trajetória de 14 anos. “Todas as conquistas de carreira e reajustes salariais foram assinadas e negociadas pelo PROIFES”, pontuou.

Sua fala foi reforçada pela professora Socorro Coelho, presidenta do SINDPROIFES-PA, ao abordar o papel dos movimentos sociais, em especial de uma Federação como o PROIFES, no contexto de autoritarismo que o país vivencia. Para ela, está na centralidade do debate a necessidade da expansão do PROIFES-Federação para encampar a luta contra as políticas de desmonte da Universidade e Institutos Federais e demais perdas de direitos.

Eleições 2018 e perspectivas dos movimentos sociais

O vice-presidente da ADUFRGS-Sindical, Lúcio Vieira, apresentou os desafios que a atual conjuntura impõe ao PROIFES e defendeu um conjunto de propostas que sejam capazes de fazer avançar as lutas em defesa da democracia, da educação e das Instituições Federais de Ensino.

Vieira falou sobre os desafios para além do horizonte de eventos, com propostas de ação com foco na eleição 2018. "Precisamos mobilizar nossa base de docentes para votar em candidatos identificados e comprometidos com a defesa da democracia, revogação da EC 95 e defesa do PNE".

A partir de uma perspectiva de luta de classes, o professor Otávio Sampaio, presidente do SINDIEDUTEC, destacou os projetos políticos em disputa no atual cenário nacional e a importância das entidades sindicais assumirem o desafio histórico de enfrentamento do retrocesso sofrido pelas políticas democráticas, populares.

Ciência e Tecnologia

Frente aos sistemáticos ataques à área de Ciência e Tecnologia, a presidente da APUB e vice-presidente do PROIFES, Luciene da Cruz Fernandes, fez a defesa de ações de articulação com outras entidades ligadas à Educação para dialogar com a sociedade e dar visibilidade ao papel do setor no cotidiano das pessoas.

 

Fonte: PROIFES-Federação

ADURN Sindicato
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