Nota de repúdio contra a Escola Sem Partido e as ações da deputada eleita Ana Caroline Campagnolo

Publicado em 31 de outubro de 2018 às 18h06min

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Quando a campanha é beneficiada por mentira e desinformação, o conhecimento e o método científico se tornam seus principais inimigos. Não é por acaso, portanto, poucos minutos depois de confirmada a eleição do candidato do PSL, uma de suas correligionárias já se apressou e atacou diretamente o livre pensamento, assumindo para si o protagonismo da patrulha ideológica da Escola Sem Partido, que deverá pautar o debate político de agora em diante.

Ana Caroline Campagnolo, deputada estadual eleita por Santa Catarina, na noite de domingo, 28, publicou em sua página pessoal do Facebook, uma mensagem em vídeo pedindo que os estudantes catarinenses filmem e denunciem professores doutrinadores. Ela diz que "amanhã é o dia em que os professores e doutrinadores estarão inconformados e revoltados" e que "muitos deles não conterão sua ira e farão da sala de aula um auditório cativo para suas queixas político partidárias em virtude da vitória de Bolsonaro. Filme ou grave todas as manifestações político-partidárias ou ideológica".

Campagnolo está diretamente alinhada com o nefasto Escola Sem Partido, movimento que criminaliza o exercício do livre-pensamento e da liberdade de cátedra, considerando tudo o que não é conservador (nos costumes) e liberal (na economia) como doutrinário – ou seja, é uma escola com partido. Ela chegou até mesmo a processar uma antiga professora alegando perseguição ideológica. O processo, obviamente, foi considerado improcedente, já que toda a perseguição só existia dentro da paranoia direitista que vem alimentando o debate político.

Diante deste cenário, por representar docentes de vários pontos do espectro ideológico, o SINDIEDUTEC-Sindicato repudia frontalmente as ações da deputada estadual eleita Ana Caroline Campagnolo, estas sim persecutórias e recheadas de uma ideologia nefasta e contraproducente, representante do atraso encabeçado pela presidência da república.

O SINDIEDUTEC conclama a comunidade acadêmica do IFPR e CMC a lutar contra o fascismo. É preciso dizer não ao fascismo e às ditaduras militares, sejam eleitas ou impostas pela força das armas.

O SINDIEDUTEC solicita que a gestão superior do IFPR e CMC – Reitor, Diretores Gerais, Diretorias e Coordenações pedagógicas – para que normatizem o uso de celulares em sala de aula, evitando assim, conflitos desnecessários, garantindo o rendimento das atividades didático-pedagógicas. Dessa forma, tranquiliza o corpo docente para que realizem suas funções. Qualquer ameaça ou conflito, não hesitem em entrar em contato com a Assessoria Jurídica do SINDIEDUTEC.


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