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Publicado em 03 de dezembro de 2019 às 17h48min
As resoluções para implementação de políticas de igualdade de gênero, fruto do último Congresso Mundial da Internacional da Educação, foram apresentadas por Sonia Alesso, do Comitê Executivo Mundial da entidade, na manhã do último dia do Encontro Regional da Rede de Trabalhadoras da IEAL. Ela iniciou a exposição apontando que uma das grandes tarefas na América Latina é aumentar a participação das mulheres nos sindicatos, principalmente em postos de liderança, e o fomento da participação destas como delegadas e observadoras nos encontros da IE. "Há uma grande quantidade de mulheres nas atividades dos sindicatos, o que é um bom indicativo para ampliar a participação nos postos de representação", afirma Sonia.
As resoluções objetivam alcançar até 2023 - quando acontecerá o próximo Congresso Mundial em Buenos Aires, Argentina – a ampliação em, pelo menos, 10% de mulheres dirigentes e na condução dos sindicatos e, também em 10%, as ações de políticas para a igualdade de gênero. Para além disso, a meta é a paridade de gênero nas direções, ou a superação do número de mulheres em relação ao de homens, considerando que elas são maioria (cerca de 80%) entre educadoras/es. Para isso, a IE elaborou um plano de ações elencando três principais prioridades políticas:
1. Promover a participação e a liderança das mulheres nos sindicatos da educação, tendo como eixos a ampliação da ocupação dos cargos, principalmente de mulheres jovens; eliminar barreiras para a participação, como os abusos e assédios nos sindicatos; garantir estruturas dentro das organizações, considerando questões históricas como dupla jornada e divisão sexual do trabalho; e a formação de mulheres para renovação e liderança sindical.
2. Adotar medidas para incrementar a igualdade de gênero na perspectiva interseccional no âmbito da educação.
3. Igualdade salarial e avanço nos direitos trabalhistas das mulheres, sendo tarefa do sindicato incluir nas discussões dos acordos coletivos e com os governos uma agenda com temas das perspectivas de gênero, versando sobre as desigualdades entre homens e mulheres, as brechas salarias, a responsabilidade parental, licença maternidade e paternidade, entre outros pontos.
Entre as diversas contribuições, uma das representantes da CONADU – Federação Nacional de Docentes Universitários da Argentina, lembrou que a entidade foi a primeira a instalar uma diretoria de gênero no âmbito da IEAL, questão que ainda é uma barreira para muitas organizações.
Ao final do painel, teve início o momento dos grupos de trabalho para discutir orientações a fim de elaborar uma Política de Igualdade dentro as organizações sindicais de educação da América Latina.
Fonte: PROIFES-Federação