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Publicado em 17 de abril de 2020 às 20h46min
Tag(s): UFRN
Jana Sá para Agência Saiba Mais
Com aulas presenciais suspensas desde o dia 17 de março, o reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, José Daniel Diniz Melo, publicou uma carta nesta sexta-feira (17) dirigida à comunidade acadêmica da UFRN. A publicação afirma que não há data de retorno das atividades presenciais e que a situação epidemiológica da doença tem sido avaliada por um comitê formado por especialistas da área da saúde.
O reitor ressaltou as inúmeras ações que estão em desenvolvimento nas universidades federais no combate ao coronavírus em todo o país. “Em momentos difíceis como este, alegra ver tantas iniciativas na nossa Universidade que comprovam o nosso compromisso com a sociedade. Isto reforça a importância da universidade pública no nosso país”, afirmou.
Vistas pelo governo de Jair Bolsonaro como inimigas a serem combatidas, as universidades públicas comprovam seu papel no desenvolvimento do país e de lugar de produção científica e tecnológica. Mesmo diante dos cortes orçamentários e ataques à sua imagem, as instituições federais de ensino superior no Brasil desenvolvem projetos de enfrentamento à Covid 19, que já registrou 155 mil mortes e mais de 2,2 milhões infectados em todo o mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira 33.682 casos confirmados e 2.141 mortes pela doença.
Apesar das dificuldades de manter os recursos humanos e materiais em decorrências dos cortes nos orçamentos, professores e estudantes se dividem em diversas frentes de trabalho. Na UFRN, o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) auxilia no processo de diagnóstico e apoio ao laboratório central de saúde pública do Estado do RN, o Lacen, que está sobrecarregado frente ao crescente número de casos suspeitos. O Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas (DACT), o Instituto de Medicina Tropical (IMT) e a Escola Multicampi de Ciências Médicas (EMCM), o Departamento de Infectologia (Dinfec) são algumas unidades integradas à essa força-tarefa.
A realização de testes deverá ser ampliada nos próximos dias. Contemplada com crédito extra de um pouco mais de R$ 18 milhões do Ministério da Educação (MEC), a instituição deverá adquirir materiais para mais de 100 mil testes da Covid-19. Além da compra de insumos para o diagnóstico, a UFRN destinará verba para aquisição de equipamentos de proteção individual.
A carta fala, ainda, das ações para resolver a ansiedade gerada. “Neste sentido, iniciativas têm sido ofertadas na nossa universidade, como, por exemplo, cursos de capacitação online para servidores. Alguns professores têm também disponibilizado material online e desafios para que os alunos possam complementar o aprendizado e manter o contato”, afirmou.
Finaliza agradecendo “a todos que têm se dedicado, incansavelmente, nas ações de enfrentamento ao novo coronavírus”.