Não há retorno das atividades presenciais este ano, avaliam entidades da educação em Live do SindPROIFES

Publicado em 14 de julho de 2020 às 15h53min

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“Não há cenário que situe o retorno das atividades presenciais ou semi-presenciais este ano, esta é a realidade. Com uma pandemia sem controle, devemos chegar à marca de 70 mil mortes, isso é gravíssimo. Nossa missão é respeitar e proteger a vida, que não é precificável, que não pode ser colocada como elemento de cálculo, [proteger] a vida de nossa comunidade, dos nossos estudantes, docentes, técnicos e terceirizados”. Com esta fala o presidente da Andifes, João Carlos Salles resumiu a tônica do lançamento do guia Orientações para retomada das aulas: reflexões sobre o ensino em tempo de pandemia, produzido pelo PROIFES-Federação e lançado durante Live do SindPROIFES realizada nesta sexta-feira, 10.

A Live contou também com a participação dos presidentes do Conif, Jadir José Pela, e do PROIFES-Federação, Nilton Brandão, e do SindPROIFES, Valdemir Alves Júnior, além da diretora de Comunicação do PROIFES e professora do Núcleo de Educação Infantil da UFRN, Gilka Pimentel, e da conselheira do PROIFES e presidenta da APUB, Raquel Nery, e mediação do jornalista Sérgio Lerrer.   

“O melhor caminho para todos nós é o diálogo, precisamos tratar do assunto e fazer algumas considerações: para atividades presenciais não tem a menor chance de estabelecermos prazos, mesmo porque não somos nós que vamos estabelecer, é a ciência, a medicina, a matemática, os estatísticos com os dados que vão nos trazer condições para tratarmos dessa possibilidade do retorno, e também os governos, sejam municipais, estaduais e federal. Portanto discutir, debater e tratar do tema, estabelecer regras e diretrizes é fundamental para quando retornarmos”, acrescentou o presidente do Conif, Jadir Pela.

“Até o final do ano não teremos condições de ter aulas presenciais. O que o PROIFES está dizendo com este guia é quais são as condições de saúde necessárias para que as pessoas tenham um ambiente seguro e que a vida esteja protegida. Precisamos agregar formação continuada dos professores também nos ambientes de tecnologia múltiplas que precisam ser apropriadas. Para nós o ensino de qualidade é inegociável”, destacou o presidente do PROIFES, Nilton Brandão.

Ao apresentar as questões referentes ao Magistério Superior no guia elaborado pelo PROIFES, a conselheira Raquel Nery destacou que o documento é resultado de um trabalho colaborativo do conjunto dos professores dos sindicatos formam a Federação, e representa a síntese de um debate complexo que começou logo depois do início da quarentena. “São grandes afirmações de caráter geral, de princípios, e oferecendo subsídios para qualificar o debate e os processos de tomada de decisão que estão acontecendo nas universidades e dos quais os professores acabam participando, porque são os que, no fim das contas, movimentarão esta atividade de ensino”, ponderou Nery.

Dentre os princípios reafirmados no documento, destaca-se que em uma eventual retomada das atividades a qualidade do ensino é inegociável, junto com a equidade do acesso aos recursos para as aulas e formação docente para atuar no ambiente digital, afirma a presidenta da APUB-Sindicato. “O guia aponta para a possibilidade de soluções pedagógicas que sejam transitórias, guardadas o devido cuidado com a preservação das características das universidades e institutos federais, a autonomia universitária, pedagógica, no contexto de cada instituição. Exigências mínimas para o retorno presencial, e acima de tudo está a defesa da vida, da universidade e deste sistema de ensino da saúde e das condições do trabalho docente”, reforça a conselheira do PROIFES.

A educação básica e suas especificidades, também presente nas orientações do guia elaborado pelo PROIFES, foi o objeto da fala da diretora da Comunicação do PROIFES e professora do Núcleo de Educação Infantil da UFRN, Gilka Pimentel: “temos dentro das Instituições Federais de Ensino Superior 17 escolas de aplicação vinculadas a universidades, e dez unidades de educação infantil, e o PROIFES-Federação tem em sua base professores que fazem parte da carreira do EBTT [Ensino Básico, Técnico e Tecnológico], por isso este guia do PROIFES traz também a discussão do ensino básico.”

Para Gilka, o processo de aprendizagem e interação de crianças é muito diferente de processos com adultos, “e por isso precisamos pensar em protocolos pedagógicos específicos para esses sujeitos, que respeitem os protocolos de saúde e as condições para um possível retorno, respeitando a vida dos alunos, docentes, e apoio técnico”, salientou.  

“O PROIFES está discutindo e a apresentando orientações, resultado de conversas com especialistas, como neste evento. É papel do PROIFES-Federação e seus sindicatos, que representam os professores da educação federal, fomentar essa discussão”, destacou Valdemir Alves Jr., presidente do SindPROIFES, entidade que lançou oficialmente um blog interativo sobre a volta aos aulas durante a live, que pode ser acessado no endereço (http://sind-proifes.org.br/posts/volta-as-aulas)

Fonte: PROIFES-Federação

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