Após quatro meses sem aulas presenciais, EAJ-UFRN retoma atividades de forma remota

Publicado em 03 de agosto de 2020 às 16h48min

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Passados quatro meses sem aulas presenciais por causa do isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus, universidades federais começam a retomar ou a planejar o retorno das atividades de forma remota. Na Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), unidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão em Ciências Agrárias da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o ensino remoto nos cursos técnicos integrados e subsequentes ao Ensino Médio foi retomado em 27 de julho.

 “A resolução de retomada foi discutida em todos os colegiados de cursos técnicos e depois levada ao Conselho Superior da Unidade onde foi discutida e aprovada”, esclarece o diretor da EAJ, Ivan Max de Lacerda.

Apesar de considerar o tempo para discussão da oferta das aulas e forma remota muito curto, o professor da Escola, Dárlio Texeira, que é diretor do Sindicato dos Docentes da UFRN, disse que essa era também uma demanda dos alunos. “No caso específico dos cursos técnicos integrados tem a questão do ano letivo, alunos que irão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). São muitos, esses estudantes estavam ficando muito aflitos com todo o tempo que permaneceram sem o ensino formal”, pontuou.

Com todos os cursos, originalmente, planejados para ocorrer de modo presencial, a EAJ enfrenta o desafio de reinventar as práticas de ensino já conhecidas. “Ensino sem troca de experiência, sem o contraditório, não pode ser a mesma coisa. A formação dos professores é de ensino presencial, dos estudantes também. A capacitação, ainda que num grande esforço da EAJ, da Progesp e Sedis, não faz mágica, nada substitui o presencial. Mas, estamos fazendo o melhor”, avalia a coordenadora pedagógica da instituição, a professora Viviane Medeiros.

Segundo o professor Darlio, a quarentena pode ser uma oportunidade para desenvolver e divulgar as ações de extensão e pesquisa desenvolvidas pela EAJ e voltadas para a sociedade potiguar. Ele citou dois exemplos que tiveram repercussão na imprensa local. “O projeto Feira Solidária, coordenado pelo Professor Tarcísio Júnior, que colabora efetivamente com pequenos produtores rurais e comunidades vulneráveis da grande natal, fazendo escoar a produção de quem não tinha como vender na quarentena e efetivando chegar comida na mesa de quem está precisando. E o programa Novos Caminhos, que é coordenado pelo Professor Paulo Faria, que atua com ensino remoto, e tem tido grande êxito, pois do início do programa até o momento já atingiu 10 mil vagas nas áreas de Ciências Agrárias, envolvendo pessoas de todo território brasileiro. Essa ação tem propiciado formação inicial desses alunos nas na grande área das ciências agrárias e também ajuda a divulgar a EAJ/UFRN no Rio Grande do Norte em praticamente todos os outros estados da federação”, explica.

Para decidir pelo retorno remoto, a EAJ conduziu uma pesquisa com estudantes sobre os impactos da pandemia. “Aplicamos um questionário a todos os estudantes de forma online. Os que não responderam nós ligamos pra eles. Aqueles que não tinham livros, que não tinham como acessar pela internet, preparamos material impresso, em pendrive e fomos levar em casa”, afirmou Viviane Medeiros.

Segundo levantamento do Ministério da Educação (MEC), das 69 instituições, 53 estão com as atividades suspensas, o que representa 846 mil alunos sem aulas. A retomada a distância esbarra em dificuldades de acesso dos estudantes às plataformas e até na falta de experiência dos professores para conduzir aulas remotas.

A UFRN informa que vem fazendo capacitação dos docentes para as aulas virtuais, além disso, oferece um plano de dados móveis para o acompanhamento de atividades acadêmicas em formato remoto a estudantes de graduação que estejam matriculados na retomada do 2020.1, em situação de vulnerabilidade socioeconômica e classificados como prioritários no cadastro único da UFRN. Haverá ainda, segundo a instituição, um auxílio instrumental voltado para alunos de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica, que estejam matriculados na retomada do 2020.1, visando subsidiar a aquisição de equipamento para acompanhar as aulas remotas.

Segundo o diretor Max, “desde o início das discussões sobre a retomada, diversas ações de capacitação foram conduzidas pelas nossas assessorias acadêmicas. Bem como as conduzidas pela UFRN para todas as unidades e centros”.

ADURN Sindicato
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