Publicado em 23 de outubro de 2009 às 12h18min
Tag(s): Ciência e Tecnologia
Senador Flexa Ribeiro sugere redução da carga tributária para destravar o setor privado, garantindo às empresas receita suficiente para investir em inovação e também impulsionar o setor público
Ao registrar a realização da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, de 19 a 25 deste mês, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) disse, em discurso nesta quarta-feira (21), que não basta incentivar a pesquisa científica no discurso. Ele afirmou que é preciso ações concretas para que o Brasil possa obter um crescimento na produção científica.
Flexa Ribeiro assinalou que já é consenso em todo o mundo que as atividades de ciência e tecnologia incorporadas ao processo produtivo são instrumentos fundamentais para o desenvolvimento, o crescimento econômico, a geração de emprego e renda e a democratização das oportunidades.
O senador assinalou que em 2005 o Brasil investia 0,97% do Produto Interno Bruto (PIB) nessas atividades, chegando a 1,12% em 2007, enquanto a Suécia investia 3,89%; o Japão, 3,33%; os Estados Unidos, 2,62%; a Alemanha, 2,46%; a Coréia do Sul, 2,99%; Taiwan, 2,52%; Cingapura, 2,36%; e a China, 1,34%.
- Neste contexto, uma das barreiras que precisamos vencer para aumentar os recursos para as atividades de ciência e tecnologia é a participação do setor privado nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento - observou.
O senador sugeriu a redução da carga tributária para destravar o setor privado, garantindo às empresas receita suficiente para investir em inovação e também impulsionar o setor público. Ele também apontou a necessidade de equilibrar a produção científica em todo o território nacional em termos de recursos humanos, pois apenas 75 cursos de pós-graduação, dos 2.850 existentes, estão na Região Norte.
- Apenas cerca de mil doutores atuam na região, enquanto mais de 30 mil atuam na Região Sudeste. Existem apenas dois cursos de doutorado em Botânica na Região Norte, uma área que é de interesse estratégico para a região. Grande parte das pesquisas sobre a Amazônia é produzida por pesquisadores estrangeiros - lamentou.
