Centenário do poeta João Cabral de Melo Neto será celebrado em live nesta segunda (30)

Publicado em 25 de novembro de 2020 às 12h57min

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Nesta segunda-feira, 30, o centenário do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto será celebrado em um evento com transmissão Ao Vivo pelo canal do YouTube do ADURN-Sindicato, a partir das 19h. Coordenada pelas professoras Rosanne Araújo, do Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras Modernas da UFRN (DLLEM), e Tânia Lima, do Departamento de Letras da UFRN (DLET), a atividade é mais uma parceria entre o Sindicato e a Cooperativa Cultural Universitária. 

O evento tem por objetivo revisitar a obra do poeta, debatendo sobre temas caros ao escritor pernambucano, como o embate entre vida e morte. Além das coordenadoras, participam do debate os professores Andrey Oliveira (UFRN) e Pedro Fernandes (UFERSA).  "Como é sabido, o trabalho de João Cabral de Melo Neto divide-se em duas partes, Duas águas. A primeira põe em foco a metapoesia, evidenciando a preocupação estética do poeta, enquanto que a segunda apresenta-se ligada a temas sociais. Nosso intuito é provar que, apesar dessa divisão, ambas as águas se encontram no mesmo mar. De fato, a totalidade da literatura cabralina demonstra o rigor no processo da feitura do poema, sem esquivar-se das temáticas sociais", afirmou a professora Rosanne Araújo.

A atividade é aberta ao público, mas quem desejar obter certificado de participação pode inscrever-se através do Sigaa.

Quem foi João Cabral de Melo Neto

Natural da cidade do Recife, João Cabral de Melo Neto nasceu em 9 janeiro de 1920 e faleceu em 1999, aos 79 anos, na cidade do Rio de Janeiro. O poeta inaugurou uma nova forma de fazer poesia no Brasil. Sua obra é caracterizada pelo rigor estético, com poemas avessos a confessionalismos e marcados pelo uso de rimas toantes. 

Em sua trajetória foi contemplado com numerosos prêmios, entre os quais - Prêmio José de Anchieta, de poesia, do IV Centenário de São Paulo (1954); Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras (1955); Prêmio de Poesia do Instituto Nacional do Livro; Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro; Prêmio Bienal Nestlé, pelo conjunto da Obra e Prêmio da União Brasileira de Escritores, pelo livro "Crime na Calle Relator" (1988).

Da obra poética de João Cabral, destacam-se títulos como: "Pedra do sono", 1942; "O engenheiro", 1945; "O cão sem plumas", 1950; "O rio", 1954; "Quaderna", 1960; "Poemas escolhidos", 1963; "A educação pela pedra", 1966; "Morte e vida severina e outros poemas em voz alta", 1966; "Museu de tudo", 1975; "A escola das facas", 1980; "Agreste", 1985; "Auto do frade", 1986; "Crime na Calle Relator", 1987; "Sevilla andando", 1989.

O escritor foi membro da Academia Brasileira de Letras.

ADURN Sindicato
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