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Publicado em 25 de março de 2021 às 10h27min
Tag(s): Pandemia de coronavírus
Sindicalistas cobram auxílio emergencial de R$ 600. Fátima Bezerra diz que Estado tem de garantir proteção social e às empresas. “Não existe oposição entre vida e economia”
São Paulo – No dia em que o Brasil deve anunciar mais de 300 mil vítimas da covid-19 e em que o governo, depois e um ano, anunciou um “comitê de crise”, as centrais sindicais – que hoje (24) estão fazendo manifestações pelo país – reafirmaram posição por vacinação em massa, auxílio emergencial de R$ 600 e lockdown. Na live promovida pelas entidades, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), disse esperar que o anúncio não seja apenas propaganda. “Mas que de fato funcione para valer e que traga uma revisão profunda de toda forma que o governo, através da sua maior autoridade, tratou a pandemia até o presente momento.”
Para a governadora, esse possível “redirecionamento” de ações, se efetivo, deve começar por Jair Bolsonaro, “por ele começar a enterrar, definitivamente, o desprezo pela ciência”. Ela afirmou que há muitos tempo os governadores do Nordeste, reunidos em consórcio, cobram ações coordenadas. “Não são apenas números, são vidas, são sonhos que se foram. O pacto pela vida aqui é com atitude, é com gesto.” Segundo Fátima, mais que não agir, o governo “ainda atrapalhou e muito”, fazendo, por exemplo, com que o processo de imunização caminhe lentamente.
Medidas restritivas e proteçãoPara a governadora, medidas mais restritivas são necessárias neste momento, apesar de difíceis. No Rio Grande do Norte, a suspensão de atividades essenciais por 15 dias causa, segundo ela, perda superior a R$ 50 milhões de receitas. “E olha que eu peguei um estado colapsado, com quatro folhas em atraso”, acrescentou. Ainda assim, disse Fátima, o governo estadual tem adotado médicos como suspensão da cobrança de conta de água, prorrogação de pagamento do ICMS e do Simples e crédito via agência de fomento.
Assim também deve agir o governo federal, defendeu a governadora, com medida de proteção social e também às empresas. Isso porque, para ela, “não existe essa oposição entre vida e economia”. Fátima também apelou ao Congresso pela manutenção do auxílio de R$ 600 e não em valor significativamente menor, como quer o governo. “Não podemos aceitar essa desidratação.” Nesse sentido, os governadores do Nordeste estão encaminhando carta aos presidentes da Câmara e do Senado.
Descoordenação “favoreceu a morte”“A vida é muito mais importante que ajuste fiscal”, reforçou o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira. Segundo ele, desde o início o setor cobrou ações mais efetivas e um plano nacional de combate à pandemia. “Mas o que a gente viu foi uma política de descoordenação, desmonte, inclusive de negacionismo, que favoreceu a morte”, lamentou. Para ele, o Legislativo brasileiro deve se incorporar “de maneira mais efetiva” ao que ele chamou de “agenda da vida”.
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, a principal responsabilidade pela crise “recai sobre a falta de coordenação federal”. Ele lembrou que o próprio auxílio emergencial foi resultado de iniciativa das centrais, no momento em que o governo queria pagar apenas R$ 200, um ano atrás. “O Congresso fez sua parte. O governo negou a ciência.”
Prioridades das centraisEm janeiro, disse Miguel, as centrais sindicais aprovaram cinco pontos básicos de reivindicação: vacina, auxílio de R$ 600, proteção ao emprego e à renda, financiamento a micro, pequenas e médias empresas e organização de uma campanha nacional de solidariedade. Ele defendeu “ação coordenada” e lockdown. “Estados e municípios também têm de fazer a sua parte. Os hospitais não têm mais vagas, remédios e insumos estão acabando, o oxigênio está acabando. Temos de parar o Brasil, ficar 15 a 20 dias parados”, afirmou.
O presidente da CSB, Antonio Neto, considera a vacinação o principal item neste momento. Inclusive com quebra de patentes, se necessário, para aproveitar a expertise brasileira. “O momento é de vacinação. Não há outra alternativa. Essa história de tratamento precoce é fantasia, é charlatanismo. A vida só vai continuar se tivermos vacina”, disse Neto, citando o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
“Hospedeiro do mal”Enquanto o presidente da Nova Central, José Reginaldo Inácio, pediu “atenção especial” ao sistema de saúde e chamou Bolsonaro de “hospedeiro do mal”, o líder da UGT, Ricardo Patah, também criticou o valor proposto para o auxílio emergencial, “muito menor que o valor da cesta básica”, comparou. “Lockdown imediatamente, porque nós queremos a vida”, completou.
Já o presidente da CTB, Adilson Araújo, disse que a “prevalência do negacionismo” faz o país caminhar para um estado terminal. Ele também citou dados da cesta básica e do salário mínimo, que segundo o Dieese deveria quase cinco vezes o piso oficial. Ele avalia que estão sendo criadas condições para “afastar o presidente genocida”. E lembrou que a situação do mercado de trabalho atinge, inclusive, os informais. “Não estamos alcançando sequer um programa de emprego e renda porque não existe um projeto nacional”, criticou.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, comentou que há um ano considerava absurdo se falar em 200 mil mortes, e agora o país pode chegar a 500 mil. Foram mais de 3 mil apenas ontem, lembrou. “Bolsonaro ataca as pessoas que chamam ele de genocida, mas não tem outro nome para isso”, afirmou.
Lockdown com medidas de apoioEle também se manifestou a favor de um “forte lockdown“, por 21 dias. “Mas, para isso, é preciso ter as condições. O trabalhador sabe o risco que ele está correndo ao sair para a rua. Mas ele vai porque precisa sobreviver. É mentira dizer que não tem recurso para pagar os 600 reais, e nós temos várias alternativas”, diz, também citando o pacote americano de US$ 1,9 trilhão.
“A proteção ao emprego e às empresas é de fundamental importância. Como nós temos um presidente irresponsável, que nos envergonha perante o mundo, a articulação da sociedade organizada tem sido muito importante”, acrescentou o líder cutista, destacando encontro com autoridades do Executivo nos estados e do Legislativo. As centrais preparam novamente um 1º de Maio unitário. “Com a marca da solidariedade”, disse Sérgio.
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