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Publicado em 11 de novembro de 2009 às 12h15min
Tag(s): MEC
Há mais de 500 anos os colonizadores ofereciam aos povos indígenas um pedaço de espelho em troca de pepitas de ouro. Historicamente esquecidos e enganados, os povos indígenas querem hoje o que lhes é de direito: reconhecimento. Mas como reivindicar direitos sem educação superior?
Este é o comprometimento da Universidade Federal do Pará (UFPA) em políticas de ações afirmativas para povos indígenas e povos tradicionais – quilombolas, caboclos, ribeirinhos, agricultores familiares, camponeses e assentados.
Uma das maneiras que a instituição encontrou de formar no ensino superior os povos tradicionais foi por meio da criação do curso de licenciatura e bacharelado em etnodesenvolvimento.
O curso foi aprovado pelo Conselho Superior de Ensino e Pesquisa (Consepe), em março deste ano, e terá início em 2010 no Campus Universitário de Altamira, oferecendo 45 vagas exclusivamente aos povos indígenas e tradicionais. As comunidades-alvo serão selecionadas por meio de vagas reservadas e processo seletivo especial.
Os povos indígenas e tradicionais têm enfrentado dificuldades na luta pela terra, na garantia da sobrevivência e na sua afirmação como cidadãos brasileiros, motivo suficiente para verem na educação uma forma de buscar melhorias e garantir direitos.
“Os povos indígenas e tradicionais não querem somente se habilitar; querem, também, trabalhar para sua comunidade com essa qualificação”, conta a professora Jane Beltrão, uma das proponentes do curso.
No âmbito da graduação, o curso é o único em todo o Brasil. Elaborado desde o início de 2008, em constante diálogo com as comunidades-alvo, o curso pretende funcionar de forma que articule igualdade e diferença entre as diversas culturas existentes em nossa sociedade.
“Essa é a intervenção esperada, almejada, e não é de hoje. Agora, ela chegou e pode render muitos frutos”, diz Almires Martins, índio da etnia guarani e discente do programa de pós-graduação em direito da UFPA.
Para que os futuros licenciados e bacharéis em etnodesenvolvimento sejam capazes de gerenciar propostas sócio-político-culturais de modo a superar os obstáculos das ações cotidianas das comunidades indígenas e tradicionais, trabalhar em agências governamentais, além de poder atuar como docentes, entre outras competências, o curso foi organizado no eixo diversidade cultural e dividido em oito núcleos: sistemas de saúde; desenvolvimento e sustentabilidade; educação; direitos humanos; sociedade e meio ambiente; nação e território; identidades e linguagens étnicas.