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Publicado em 08 de abril de 2021 às 14h05min
Tag(s): Adufg Sindicato
Redução prevista pelo PLOA de 2021 é de cerca de R$ 1 bilhão
“No auge da pandemia, Bolsonaro permanece cortando recursos da saúde, educação, ciência, tecnologia e investimentos sociais”, alertou o presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), professor Flávio Alves da Silva, nesta quarta-feira (07/04), no Ciclo de Debates Adufg. Na ocasião, foram abordados os impactos do corte orçamentário nas universidades federais. Dirigentes das três universidades localizadas em Goiás também participaram da live.
A redução prevista no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) é de cerca de R$ 1 bilhão, o que deve afetar diretamente o custeio de despesas básicas, além de ações de assistência estudantil e de combate ao coronavírus (Covid-19), que são desenvolvidas pela comunidade acadêmica. “Em um momento de grave crise, o presidente promove o negacionismo, o ódio e o mesmo ‘toma lá dá cá’ de sempre. O orçamento, que já deveria ter sido discutido e aprovado há meses, só deverá ser encaminhado definitivamente no final de abril”, destacou Flávio.
Na ocasião, a reitora da Universidade Federal de Catalão (UFCAT), professora Roselma Lucchese ressaltou que a redução orçamentária deve dificultar o trabalho das instituições de ensino superior em todo o Brasil. Ela lembrou que as universidades são fundamentais em áreas garantidas pela Constituição Federal, como saúde e educação. “A comunidade acadêmica é responsável pela maior parte das pesquisas científicas na saúde. Cortar recursos representa também cercear a população de direitos, sobretudo neste momento tão difícil de pandemia. Precisamos de educação, ciência e saúde fortes para que a crise seja enfrentada de maneira mais assertiva”.
A vice-reitora da Universidade Federal de Jataí (UFJ), professora Giulena Rosa Leite, lembrou que, quando a pandemia começou, as universidades já enfrentavam momentos difíceis, mas que, mesmo assim, continuaram trabalhando da melhor forma possível. “As universidades federam desempenham um papel muito importante em grandes pesquisas. A UFJ, por exemplo, mesmo tendo sido emancipada há pouco tempo, já conseguiu implantar 28 projetos de extensão e 11 de pesquisa, todos voltados para o combate à Covid-19”, contou.
O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), professor Edward Madureira, por sua vez, também citou as dificuldades que as universidades devem enfrentar com a redução orçamentária. Ele também falou da luta para reverter o quadro. “Mobilizamos dezenas de parlamentares para tratar desse orçamento que, simplesmente, inviabiliza o funcionamento das nossas universidades”, declarou.
Fonte: Adufg