Publicado em 18 de junho de 2021 às 16h55min
Tag(s): Posse
Com significativa participação de docentes, representantes da comunidade acadêmica e de movimentos sociais, gestores, políticos potiguares e dirigentes sindicais, o ADURN-Sindicato empossou, na noite desta quinta-feira (17), a nova diretoria da entidade para o triênio 2021-2024. No ano em que completa o seu 42º aniversário, pela primeira vez em sua história a entidade realizou uma posse de forma remota.
Além de empossar a nova diretoria da entidade, a 13ª Assembleia Ordinária, conduzida pelo então presidente do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte, aprovou por ampla maioria o parecer do Conselho Fiscal sobre as contas da entidade, administradas pela gestão 2018-2021.
O evento, transmitido simultaneamente no YouTube e redes sociais do sindicato, teve início com a performance “Lutar”, dos artistas independentes Ana Vieira e Samuel Oliveira. Em seguida, o professor Sávio Araújo, do Departamento de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), realizou uma apresentação musical. O docente preparou uma surpresa para o sindicato: a canção "Tempo de Esperança", de sua autoria, que fala sobre a luta da entidade e transmite uma mensagem de esperança.
A necessidade de uma entidade forte como o ADURN-Sindicato no atual cenário em que vivemos, deu o tom das falas dos integrantes da mesa de abertura do evento. O presidente do PROIFES-Federação, Nilton Brandão, ressaltou a importância da atuação do sindicato nas lutas nacionais, “sejam elas no debate político, sejam elas na articulação interna, sejam elas nas presenças em Brasília no Congresso Nacional, sempre foram muito fortes”, disse.
Destacando a relação respeitosa mantida entre o ADURN-Sindicato e a reitoria da UFRN, o reitor em exercício da instituição, professor Henio de Miranda, saudou a nova diretoria do sindicato afirmando que no momento "impõe-se uma entidade forte como o ADURN, com sua luta permanente e histórica, não apenas por condições dignas para a categoria, mas pelo aprimoramento da educação superior pública, com qualidade e justiça social".
Em seu discurso, Wellington Duarte reforçou que todas as ações empreendidas pelas suas gestões - como os projetos Na Trilha da Democracia e Diálogos, os atos políticos culturais e a parceria com a Cooperativa Cultural -, foram desenvolvidos exatamente com o objetivo de fortalecer a entidade e consolidá-la como um sindicato respeitado, soberano e independente. Para ele, essas ações tornaram o ADURN-Sindicato uma "entidade mais visível". O dirigente lembrou a todos que esse foi um processo que começou ainda na gestão do professor Bosco Araújo, em 2008, e que contou fortemente com a participação dos funcionários da entidade.
“Quando nós assumimos, em 2015, criou-se uma tempestade perfeita neste país: houve destruição do Estado Democrático de Direito; reformas que trouxeram inúmeros prejuízos para os trabalhadores, de forma geral; e para os professores universitários, de forma particular; ascensão de governo de cunho nitidamente reacionário, tendendo para o fascismo; e, para completar o cenário, a mais devastadora crise sanitária que o mundo viveu desde a gripe espanhola e que afetou profundamente nosso país, inclusive a forma como o ADURN-Sindicato se relacionava com os seus pares, com os seus sindicalizados”, declarou.
Wellington explicou que foi neste momento, quando a diretoria optou por entrar nessa nova forma de trabalho remoto, que percebeu o quanto é necessário ter o suporte dos funcionários e a resiliência dos diretores para manter o sindicato ativo, atuando em condições adversas.
Fechando o seu discurso, Duarte lembrou das cerca de 500 mil mortes por Covid-19 no Brasil e deixou clara a sua indignação por tudo que está acontecendo neste país, incluindo os ataques à Educação e à Ciência. "Essa destruição está sendo promovida há quase dois anos, e estamos na linha de frente para tentar impedir que a universidade seja tragada por esse reacionarismo presente no Governo", afirmou.
O então presidente do ADURN-Sindicato encerrou sua atuação à frente da entidade recebendo uma homenagem de diretores, apoiadores e funcionários, que pode ser assistida abaixo:
A cerimônia, que valida o processo democrático das eleições realizadas e marca o início de uma nova gestão no sindicato, foi encerrada com a leitura da nominata da nova diretoria, seguida do discurso do presidente empossado, o professor Oswaldo Negrão.
O dirigente iniciou sua fala destacando a posição privilegiada na qual se encontra: “estar vivo hoje, entre os nossos entes queridos e pessoas amadas, possuir emprego e renda, ter uma casa para dormir, comida no prato e esperança no coração por dias melhores, pode ser considerado, sim, um conjunto de privilégios”, afirmou.
Oswaldo traçou um panorama da situação política, econômica, social e sanitária do país, e foi enfático ao dizer que “precisamos nos posicionar! Hoje não existe espaço para o silêncio que é na maioria das vezes apoio ao opressor”.
Ele reiterou que a luta do ADURN-Sindicato é em defesa intransigente das causas dos que mobilizam a entidade, e fechou seu pronunciamento conclamando a comunidade acadêmica para que se una: “precisamos ampliar os espaços de debate e decisão para a própria defesa da UFRN. Reitoria, ADURN-Sindicato, estudantes e técnicos administrativos
em defesa do Estado Democrático de Direito! Precisamos lutar no parlamento por mais recursos para as nossas universidades não pararem, esta é a realidade que a Lei Orçamentária Anual de 2021 nos apresenta”.
O discurso do presidente empossado do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, pode ser visualizado na íntegra no vídeo disponível abaixo:
Veja abaixo os diretores empossados para a gestão 2021-2024 do ADURN-Sindicato:
