Professores e Alunos da UFRN apóiam professor de Geologia

Publicado em 18 de novembro de 2009 às 12h54min

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Professores e alunos do curso de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) estiveram presentes na tarde de ontem, 17 de novembro, na 2ª Vara da Justiça Federal, em solidariedade ao professor do curso Vanildo Pereira da Fonseca, acusado da morte do estudante Vinícius Santana da Silva, que foi atingido, na cabeça, por uma pedra no Pico do Cabugi, durante aula de campo, no dia 07 de julho de 2006.
Entre os professores que prestavam solidariedade a Vanildo estava o atual secretário municipal de Educação, Elias Nunes. Ele defendeu o colega acusado de omissão e de não ter tomado providências necessárias à segurança dos 27 alunos que participam da trilha
Para o professor Nunes, aulas práticas são comuns e necessárias em outros cursos da UFRN, inclusive em laboratórios de Química, Física, Biologia, onde também é comum o risco de acidentes. De acordo com Nunes, se a sentença judicial for pela condenação do professor Vanildo Pereira, certamente as aulas práticas serão deixadas de lado “e só teremos a teoria em sala de aula”.
A professora Arlete Araújo, do departamento de Administração da UFRN, falou que o fato ocorrido com o professor Vanildo pode acontecer com qualquer professor, pois todos estão sujeitos a situações de risco. “Esperamos que o professor seja inocentado”.
Segundo o professor Jaziel Martins, fundador do curso de Geologia da UFRN e diretor do Centro de Ciências Exatas e da Terra, as atividades de campo são tão importantes quanto as ministradas em sala de aula. “Estou solidário ao professor porque acredito na sua inocência”.
O coordenador do curso de Geologia, professor Heitor Neves Maia, lamenta o acidente ocorrido em 7 de julho de 2006 com o aluno Vinícius Santana, mas acha que “foi uma fatalidade”.
O presidente da Associação dos Docentes da UFRN (ADURN), João Bosco Araújo, disse que a Universidade tem avançado nas questões de segurança dos alunos em aulas práticas no campo e em laboratórios, e confirmou que, depois desse acidente, a UFRN tomou algumas precauções.
“Os alunos agora quando saem para as aulas de campo assinam um termo de segurança, reconhecendo os riscos que correm na aula prática”.
O presidente do Centro Acadêmico de Geologia, o aluno Álvaro Crisanto, disse que todos os alunos do curso estão certos da isenção de culpa do professor Vanildo Pereira, pois este foi único acidente que ocorreu durante todo o curso de Geologia. “Não é comum acontecer acidentes durante as aulas práticas. Sabemos que foi uma fatalidade, mas o curso de geologia não é válido sem a prática de campo”.

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