Publicado em 06 de agosto de 2021 às 11h23min
Tag(s): Editorial
A Educação é a base de tudo, e neste 6 de agosto celebramos o Dia Nacional dos profissionais que são os grandes responsáveis pelo desenvolvimento da sociedade – seja em termos econômicos, políticos ou sociais. No entanto, no atual cenário, em que temos enfrentado um projeto de desmonte tocado a passos largos pelo Governo Federal, não há muito o que se comemorar.
Em meio à pandemia do coronavírus, profissionais da Educação dos mais diversos níveis foram lançados, sem qualquer preparo antecedente e/ou infraestrutura básica, à rotina do trabalho remoto. Ao desafio de educar, somaram-se, pois, diversos outros obstáculos de ordem pessoal e profissional. O que temos visto são esses profissionais adoecerem, chegarem à exaustão física e psicológica e, ainda assim, serem acusados de remuneração indevida, uma vez que, como dito recentemente por um parlamentar do nosso estado, os professores estariam “de férias há um ano e 10 meses”.
De fato, não há o que se comemorar. Dentre as investidas do Governo Federal direcionadas à Educação – especialmente pública, gratuita e de qualidade – vimos também os profissionais deste campo serem deixados, durante um longo período, à margem dos grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização de enfrentamento à Covid-19. Aqui, mais uma evidente contradição: ao mesmo tempo em que a Educação era, insistentemente, colocada em pauta como serviço essencial, os profissionais da área não seriam vacinados com urgência similar à que se planejava a retomada do ensino presencial – e de toda exposição atrelada a esse evento.
Para não deixar de citar os cortes de verbas, lembremos dos valores bloqueados, das bolsas de pesquisa que foram reduzidas e não têm reajuste há mais de 6 anos, das ameaças de fechamento das nossas maiores (e melhores) universidades públicas. Que profissionais queremos à frente de uma atividade que rege o desenvolvimento humano, social, econômico e político de uma nação? Certamente, não queremos profissionais desamparados e adoecidos.
Neste Dia Nacional dos Profissionais da Educação, o ADURN-Sindicato conclama a toda a sociedade para que, juntos, possamos transformar indignação em luta. Não podemos voltar às salas de aula sem a segurança necessária para professores, técnicos e estudantes. Verba para a Educação não é gasto, é investimento! Precisamos valorizar os nossos profissionais, batalhar pela manutenção dos nossos espaços de construção de pensamento crítico e, acima de tudo, pela vida!
