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Publicado em 08 de outubro de 2021 às 10h16min
Tag(s): Reforma Administrativa
Foto: Scarlett Rocha
Mais de 5 mil notas de dólares falsas manchadas de sangue, com a cara do Paulo Guedes estampada, foram jogadas no Ministério da Economia em Brasília na manhã de hoje (07/10). Os manifestantes também seguravam ossos de boi - para representar a volta da fome no país - e uma geladeira vazia foi colocada na porta do Ministério, onde se lia a frase: "A MISÉRIA NÃO ACABA PORQUE DÁ LUCRO". O ato foi organizado por entidades do serviço público em protesto contra o ministro da economia, Paulo Guedes, que tem cerca de R$ 50 milhões em Offshores - empresas em paraísos fiscais.
Essas empresas são criadas para economizar no pagamento de impostos, o chamado DRIBLE FISCAL, e para proteger os ativos contra riscos políticos. A criação dessas contas é fornecida por instituições estrangeiras, com condições especiais de sigilo - por isso são utilizadas por executivos e suas empresas para recebimento de DINHEIRO ILEGAL, que provém trafico de drogas, exploração de pessoas, dentre outras fontes duvidosas.
Em um contexto econômico de penúria para a maior parte da população brasileira, com milhões de pessoas passando fome e 14 milhões de desempregados, se torna ainda mais inaceitável ver o Ministro da Economia enriquecendo às custas da desvalorização da moeda nacional e sem pagar impostos dentro do país.
Os servidores também reivindicam na manifestação a rejeição da Reforma Administrativa (PEC 32/2020), que foi elaborada por Guedes com o intuito de desmontar e privatizar os serviços públicos.
Outras manifestações
No período da tarde desta quinta-feira (7), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou uma ação de escracho ao ministro da economia, Paulo Guedes, pelo seu envolvimento com o escândalo da Pandora Papers, divulgado no último domingo (3).
Os manifestantes fizeram uma encenação teatral que denunciou o ministro, cantando: “Gritou o Paulo Guedes, falando baboseira. E a elite brasileira lucrando sem pudor. Tira o dinheiro e bota no estrangeiro e a fome vai causando muita dor. Tá tudo caro!”. Na lateral do prédio houve uma intervenção com as frases “Guedes no paraíso e o povo no inferno” e “Guedes lucra com a fome”.
“O escândalo surge no momento em que o Brasil passa por uma das mais severas crises sanitárias, econômicas e institucionais que esbarra em uma atuação inerte do Ministério da Economia, que não tem trabalhado para a melhoria da qualidade de vida da população. Nem mesmo uma das principais promessas de Guedes, o tal crescimento em V, foi cumprido”, afirma a integrante da coordenação nacional do MST pela juventude, Jailma Lopes.
Foto: Matheus Alves
Com informações do Fórum das Centrais Sindicais e Movimento dos Sem Terra
Fonte: CNTE