A votação estará disponível na segunda-feira, 22/11, às 08h.
Olá professor (a), seja bem-vindo (a) ao ADURN-Sindicato! Sua chegada é muito importante para o fortalecimento do Sindicato.
Para se filiar é necessário realizar 2 passos:
Você deve imprimir e preencher Ficha de Sindicalização e Autorização de Débito (abaixo), assinar, digitalizar e nos devolver neste e-mail: [email protected].
Ficha de sindicalização Autorização de DébitoAutorizar o desconto no seu contracheque na sua área no SIGEPE e que é de 1% do seu VB (Vencimento Básico).
Tutorial do SIGEPEFicamos a disposição para qualquer esclarecimento.
ADURN-Sindicato
Publicado em 14 de outubro de 2021 às 09h51min
Tag(s): Ciência e Tecnologia CNPq
Equipe econômica retirou R$ 600 milhões do orçamento para o Ministério da Ciência e Tecnologia, aproximadamente 92% do total que seria destinado à pasta
São Paulo – Não existe perspectiva para a ciência brasileira caso o corte de 92% de recursos para o Ministério da Ciência e Tecnologia, proposto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, seja mantido. “Deixar menos de 10% do orçamento previsto é assustador”, afirmou o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine Ribeiro, a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual desta quarta-feira (13).
Na última quinta (7), o Congresso votaria um projeto de lei que previa liberação de R$ 690 milhões para a pasta comandada hoje por Marcos Pontes. Parte do dinheiro seria destinado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para contemplar a chamada universal de editais.
Janine explica que a maior parte dos recursos, cerca de R$ 655,4 milhões, sairiam do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e seu uso em investimento científico é obrigatório. Entretanto, o especialista afirma que o corte é uma estratégia do governo para que o montante retorne ao Tesouro.
“Uma medida provisória do governo federal obriga que o dinheiro, se não for usado, seja destinado ao caixa do governo. Portanto, o Ministério da Economia está atrasando ao máximo essas questões para que o dinheiro não seja utilizado. É uma manobra”, afirmou.
A ciência, que receberia ao todo 690 milhões, agora, vai ficar com apenas R$ 89 milhões, dos quais R$ 82 milhões vão para a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Com o orçamento comprometido, Janine acredita que, sem apoio aos cientistas, será difícil mantê-los no Brasil.
“O Brasil tem pouca evasão de cérebros, pois soube mantê-los aqui pela resiliência dos próprios cientistas. Hoje, temos muitos doutores desempregados e cria-se um fator de evasão. Se não tem concurso, um doutor pode até viver de bolsa, mas não é uma segurança de longo prazo. Então, uma boa proposta do estrangeiro é irrecusável”, alertou.
Um dos projetos que corre perigo com o corte é o Centro Nacional de Vacinas, encabeçado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Ministério de Ciência e Tecnologia. O investimento seria R$ 80 milhões, sendo R$ 50 milhões da pasta. O presidente da SBPC lembra que a falta de recursos para imunizantes do governo federal não permitiu a produção de uma vacina brasileira contra a covid-19.
“Cuba criou três imunizantes e é um bem menor que o Brasil. Portanto, poderíamos ter uma vacina nacional, ter vacinado toda a população e até vender para outras nações. Tudo isso deixou de ser feito. O governo deixou de dar assistência na saúde e também na educação, ao abandonar o ensino remoto emergencial”, criticou.
A SBPC vai promover com outras entidades, na próxima sexta (15), uma mobilização nacional pela ciência, por meio da realização de mesa-redonda com a presença de cientistas e parlamentares contrários ao corte de Paulo Guedes e para pressionar o governo a contemplar os recursos necessários ao setor.
Fonte: Rede Brasil Atual