A votação estará disponível na segunda-feira, 22/11, às 08h.
Olá professor (a), seja bem-vindo (a) ao ADURN-Sindicato! Sua chegada é muito importante para o fortalecimento do Sindicato.
Para se filiar é necessário realizar 2 passos:
Você deve imprimir e preencher Ficha de Sindicalização e Autorização de Débito (abaixo), assinar, digitalizar e nos devolver neste e-mail: [email protected].
Ficha de sindicalização Autorização de DébitoAutorizar o desconto no seu contracheque na sua área no SIGEPE e que é de 1% do seu VB (Vencimento Básico).
Tutorial do SIGEPEFicamos a disposição para qualquer esclarecimento.
ADURN-Sindicato
Publicado em 18 de outubro de 2021 às 09h47min
Tag(s): Pesquisa Científica
Estudo publicado na Nature destaca situação de pesquisadores no Brasil de Bolsonaro. “Primeiro país do mundo que realmente promoveu a pseudociência como política pública”
São Paulo – “Espero que você morra”. Esta é a frase inicial da publicação, hoje (15), de um estudo pela renomada revista científica Nature que monitora os ataques de negacionistas e adeptos de teorias conspiratórias contra pesquisadores. Em todo o mundo, de um lado relatos de ameaças de morte e violência. De outro, uma explosão de casos de ansiedade. “Cientistas que estudam a covid-19 e estão sob o olhar público precisam de proteção contra ameaças”, anuncia o editorial da revista. “Em vários lugares do mundo o comportamento é semelhante e estamos exaustos. Os ataques negacionistas são constantes”, concorda a epidemiologista e pesquisadora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Ethel Maciel.
Passados 19 meses desde o começo da pandemia, em março de 2020 – e ao contrário do que os negacionistas ainda pregam, vacinas, máscaras e distanciamento social salvam vidas. Paralelamente, o governo negacionista de Bolsonaro, que rejeita a ciência e despreza as medidas de combate à covid, é apontado como responsável direto por centenas de milhares de mortes que seriam evitáveis. Também hoje, o país chega a 602.669 óbitos pela pandemia e é aqui que o vírus fez mais vítimas em 2021.
O Brasil registrou nesta sexta-feira mais 570 mortes causadas pela covid-19 em um período de 24 horas. Também foram reportados 15.329 novas infecções, totalizando 21.627.476 casos desde o início do surto. Além das mortes, grande parte evitáveis, a doença já deixa mais de 10 milhões de pessoas com sequelas de diversos tipos.
Enquanto as crises sanitária e econômica avançam no Brasil, países que adotaram medidas mais responsáveis de proteção à população, com isolamento social mais rígido, políticas amplas de testes e rastreio de contágios apresentam desempenho superior em todos os aspectos. Entre eles a China, a Nova Zelândia, a Austrália e outras nações asiáticas, como Vietnã e Coreia do Sul, que contam com menos de 10 mil mortos.
Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass)
No estudo publicado pela Nature, há referências explícitas ao negacionismo bolsonarista. “O Brasil foi o primeiro país do mundo que realmente promoveu a pseudociência como política pública, porque promoveu o uso de medicamentos ineficazes contra a covid-19”, resume a microbiologista Natalia Pasternak, em referência à defesa, por exemplo, de cloroquina e ivermectina, ambos ineficazes e potencialmente perigosos para os pacientes. “Tratamentos promovidos pelo governo brasileiro que incluiram ivermectina (um vermífug) e uma droga contra malária, a hidroxicloroquina, além do antibiótico azitromicina”, completam os pesquisadores.
“Alguns difamadores também tentaram usar da lei do silêncio contra seus alvos. Grupos de apoiadores de Bolsonaro tentaram processar Pasternak com ataques pessoais por tê-lo difamado quando ela ligou sua política à praga da covid; os tribunais a inocentaram”, completa o estudo. Outro caso que ilustra a perseguição aos acadêmicos que combatem a pandemia e o negacionismo ao mesmo tempo é o do epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) Pedro Hallal. Ele foi censurado ao apresentar um estudo ao Ministério da Saúde. “Tive suprimido dos meus slides a demonstração de desigualdade étnica e racial da covid-19 no Brasil. Imagine a sensação. Chegar para apresentar um estudo e ser informado pelo ministério que eles resolveram deletar um dos slides”, disse.
Fonte: Rede Brasil Atual