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ADURN-Sindicato
Publicado em 20 de outubro de 2021 às 11h19min
Tag(s): Reforma Administrativa
Desde a última segunda-feira (18) representantes do ADURN-Sindicato e do PROIFES-Federação se somam às caravanas de dezenas de entidades representativas de todo o país nas mobilizações contra a reforma administrativa, em Brasília-DF. Nesta terça (19), foi a vez do grupo participar da manifestação dentro do aeroporto da cidade, pressionando os parlamentares a votarem contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) número 32.
A mobilização começou às 7h, recepcionando os deputados que chegavam à capital federal. Já às 14h, aconteceu uma vigília no anexo II da Câmara. Esta é a quarta semana de pressão aos deputados em Brasília. Como resultado dessas ações, de acordo com o portal Valor Econômico, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou a interlocutores que a reforma ficará na gaveta até ocorrer a mobilização de setores interessados em aprová-la.
O diretor de política sindical do ADURN-Sindicato, Dárlio Inácio, é um dos presentes na caravana da entidade. Para ele, a PEC 32 é um agravo contra os servidores públicos. “Nós, servidores públicos federais, estaduais, municipais, somos agredidos com essa PEC. A gente tem que derrubá-la porque ela representa o fim dos serviços públicos”. Segundo Dárlio, o PROIFES-Federação está disposto a entrar nos gabinetes dos deputados e conversar para votarem não à Proposta. “Quem votar a favor, não volta para o Congresso”, sentencia.
Já o presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, destaca a gravidade da reforma administrativa, uma “estratégia do Governo para a consolidação da Emenda Constitucional 95 e a privatização dos serviços, em especial de saúde, de educação e segurança pública”.
De acordo com o dirigente, a pressão e o diálogo servem para “demonstrar para aqueles que ainda estão indecisos o risco que é a PEC 32 para toda a população brasileira, não somente para os servidores públicos”, diz. “É uma ameaça que atinge em especial as camadas mais necessitadas da população, aquelas que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) e da educação pública, universal, gratuita e de qualidade”, continua.
Para a secretária-adjunta geral, Mercês Santos, a reforma administrativa representa “um ataque maciço à sociedade brasileira, sobretudo àqueles que mais precisam, e não só a nós servidores”. “Os profissionais que serão mais atacados, sobretudo, são as mulheres, que são a maioria”, afirma.
Nesta quarta-feira (20), a comitiva dos servidores continua em Brasília. Às 9h, os professores do ADURN-Sindicato se concentraram no Espaço do Servidor. De tarde, às 14h, é realizada mais uma vigília na Câmara.