O Brasil alcançou a maior taxa de crianças e jovens de 6 a 14 anos fora da escola em 2021, aproximadamente 244 mil. O aumento é de 171,1% no 2º trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2019, segundo consta em levantamento do Todos pela Educação, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgado nesta quinta -feira 2.
O percentual de crianças e jovens nessa faixa etária que não estavam frequentando a escola em 2019 era de 0,3% em 2019 e passou para 1% em 2021, a maior taxa observada nos últimos 6 anos, destaca o estudo.
O cenário incide diretamente no percentual de matrículas do Ensino Fundamental e Médio, que chegou a 96,2%, a menor taxa desde 2012. Em 2019, o percentual de matrículas nas etapas escolares era de 98%.
O levantamento também avaliou as taxas de atendimento escolar entre jovens de 15 a 17 anos. Na faixa etária, permaneceu a tendência de queda no percentual daqueles que estão fora da escola, chegando a 4,4% no 2º trimestre deste ano.
O País teve, no segundo trimestre deste ano, 407,4 mil jovens de 15 a 17 anos fora da escola antes de ter completado o Ensino Médio, menos do que os 486,2 mil de 2020 e dos 679,8 mil de 2019. O resultado refletido o aumento, em 2021, do número de jovens que estavam frequentando etapas anteriores como o Ensino Fundamental Regular ou a Alfabetização de Jovens e Adultos.
A nota técnica que acompanha o levantamento destaca que os dados da PNAD Contínua de 2021 já mostra os efeitos da pandemia Covid-19 nas taxas de atendimento escolar.
“Estes dados devem continuar sendo acompanhados nos próximos trimestres, para que, em breve, tenhamos uma dimensão real dos impactos do prolongado fechamento de escolas básicas indicadas”, destaca um trecho do documento.