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Publicado em 10 de dezembro de 2021 às 09h59min
Além disso, as entidades pedem à direção da Capes, que providencie a recondução dos membros dos colegiados das 49 áreas de avaliação que renunciaram a seus postos. Afinal, essa crise vai contra a educação, ciência, tecnologia e a inovação no Brasil.
Envolvidos na avaliação dos cursos de mestrado e doutorado de todas as universidades brasileira já em funcionamento, e também na liberação de cursos novos, esses especialistas renunciaram devido à demora da Capes em ir à Justiça contra a decisão de diretoria que paralisou as avaliações, contra a prioridade dada pela gestão aos cursos a distância e também contra a determinação de manter em sigilo os resultados das avaliações. Em resumo, os profissionais não têm conseguido trabalhar de acordo com os melhores padrões acadêmicos.
Desde 2018 o Ministério Público tem apontado irregularidades em procedimentos e avaliações, a partir de metodologias que seriam inadequadas.
“Sem a avaliação, não teremos indicadores que possam pautar decisões futuras para o Estado brasileiro. Na verdade, ao se suspender a divulgação da avaliação, se põe em risco o trabalho desenvolvido em décadas, se desacredita o sistema, assim como a formação de profissionais e professores altamente qualificados”, diz trecho da carta. Clique aqui e leia o documento naíntegra.
Além da SBPC, assinam o texto a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil (ACFB), a Academia Nacional de Engenharia (ANE) e a Academia Nacional de Medicina (ANM).
A crise da Capes será debatida em audiência pública da Comissão de Educação do Senado. Aprovado hoje, o requerimento partiu do líder da Minoria, senador Jean Paul Prates (PT-RN).
“Trata-se de uma denúncia muito grave, que deve ser devidamente apurada pelas autoridades competentes. À Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal cabe debater a situação da gestão da Capes e propor os encaminhamentos possíveis”, declarou Jean, referindo-se às alegações dos mais de 100 pesquisadores. Entre elas, que existe uma “corrida desenfreada” para abertura de cursos de pós-graduação à distância.
Foram convidados para o debate um representante do Ministério da Educação; a presidente da Capes, Cláudia Mansani Queda de Toledo; o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro; o diretor do Sindicato Nacional de Gestores em Ciência e Tecnologia Renato Carvalheira; e a presidente da Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG), Flávia Calé da Silva.
Fonte: Rede Brasil Atual