Inflação e custo dos "bandejões" podem tirar alunos de universidades federais em 2022, alertam pró-reitores

Publicado em 20 de dezembro de 2021 às 09h47min

Tag(s): Universidades Federais



As instituições federais de ensino superior correm o risco de perder alunos a partir do primeiro semestre de 2022 "por causa da fome e para a fome", diz Maisa Miralva Silva, do Fundo Nacional de Pró-Reitores

www.brasil247.com - Universidade Federal de Goiás - UFG

247 - A coordenadora do Fundo Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Estudantis das Universidade brasileiras, Maisa Miralva da Silva, pró-reitora da Universidade Federal de Goiás, alerta, em reportagem publicada pela Folha de S. Paulo neste domingo, que as instituições federais de ensino superior correm o risco de perder alunos a partir do primeiro semestre de 2022 "por causa da fome e para a fome".

Depois de dois anos sem aulas presenciais por causa da pandemia, a maioria das universidades federais retomará a modalidade no próximo ano. As refeições ofertadas nos bandejões universitários, historicamente subsidiadas pelas universidades, sofreram aumentos de até 270% em razão da inflação e da extinção de programas por meio dos quais o governo federal ajudava os reitores a manterem os subsídios.

Para 2022, empresas terceirizadas que fornecem refeições nos campi do País pedem reajustes de 30% a 40% nos contratos por causa da inflação - 10,75% no índice anualizado até aqui.

"Em um ano, entre 2020 e 2021, o governo federal nos repassou R$ 3 milhões a menos do Programa Nacional de Assistência Estudantil, e a demanda por auxílio só aumentou", diz no texto a pró-reitora Sylvia Franceschini da Universidade Federal de Viçosa (MG). Na UFV, por exemplo, o almoço no bandejão custava R$ 1,90 até esta semana e em 2022 deve passar a custar R$ 7. "Com o aumento, não sei se terei dinheiro para comer", adverte Rodrigo Mattos, aluno do curso de História que recebe bolsa de monitoria de R$ 500 e mora na residência universitária da UFV.

O Ministerio da Educação não respondeu à reportagem da Folha, que quis saber se haveria reajuste nesses recursos. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, já disse mais de uma vez que "universidade é para poucos".

Fonte: Brasil 247

ADURN Sindicato
84 3211 9236 [email protected]