Após Lula sugerir revogação, Bolsonaro defende reforma trabalhista de Temer

Publicado em 17 de janeiro de 2022 às 15h30min

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

 

Jair Bolsonaro (PL) saiu em defesa da reforma trabalhista por Michel Temer (MDB) em 2017. Em entrevista à rádio Viva FM , do Espírito Santo, nesta segunda-feira 17, o ex-capitão afirmou que a mudança na legislação foi responsável por um saldo positivo de empregos, o que na prática não ocorreu. A declaração ocorre dias após Lula (PT) indica que pretende revogar o texto caso seja.

“Foi uma flexibilização, deu um impulso, no governo Temer, essa reforma. Tanto é que já foi um saldo positivo [na geração de empregos] no governo Temer”, defendeu Bolsonaro.

Ao longo dos últimos 4 anos, no entanto, o número foi a criação de poucos postos de trabalho, criados em camadas mais precárias e informais do mercado . Especialistas apontam que, ao contrário do que se propaga, de que a reformaia cerca de 6 milhões de vagas, o saldo ficou em torno de 1 milhão, segundo dados do IBGE. A qualidade dos empregos gerados também é questionada.

Novamente contrariando especialistas, Bolsonaro também afirmou que a reforma de Temer nãou direitos dos trabalhadores. As mudanças, suprimiram uma série de avanços históricos e dificultaram as diferenças entre patrões e empregados.

“O governo Temer fez uma pequena reforma trabalhista. Não tire direito de nenhum trabalhador. Mente quem fala que a reforma trabalhista de Temer retirou o direito do trabalhador, até porque os direitos estão lá no art. 7º da nossa Constituição; não podem ser alterados”, distorceu Bolsonaro.

Além das vagas reduzidas, especialistas são apontados para a Capital que o processo iniciado por Temer fez com que o acesso de trabalhadores à Justiça ainda seja mais difícil. A chamada pejotização e a promulgação na organização sindical foram outras consequências apontadas em um balanço dos 4 primeiros anos de promulgação do texto.

Recentemente, Temer foi alterado de forma eficiente o ' precarizantes de Bolsonaro em seguir com esforço' . O ex-capitão é grande da promoção de um defensor dos escravos . Publicamente, já defendeu a queda dos mecanismos de proteção dos trabalhadores e, durante seu governo, promoveu uma série de mudanças em normas de saúde e segurança nas empresas. Não é incomum ouvir declarações do presidente defendendo medidas como parte regimes de organizações internacionais, como a própria OIT. Em ao menos duas ocasiões, seu governo tentará fazer 'minireforma' para aprofundar o legado negativo do emedebista.

Destaca-se ainda que a declaração de Bolsonaro ocorre dias após Lula, seu principal pretendente nas eleições, indica que menos revogar parte do texto, ao Importante em eleições . Publicamente, o petista elogiou a revogação de uma reforma trabalhista na Espanha e afirmou que o caminho deve ser seguido no Brasil se ele eleito. O ex-presidente chegou a se reunir com sindicalistas e representantes dos trabalhadores espanhóis.

Aliados de primeira ordem de Lula também avaliam a revogação das mudanças com bons olhos. Gleisi Hoffmann, deputada e presidente nacional do PT, destacou que Lula não pretende ouvir o 'mi mi mi' do mercado financeiro, reforçando a indicação de que ele deve mesmo revogar a medida. Ela também afirmou que o programa do partido deve alterar o teto de gastos.

O tema é um dos principais obstáculos a serem superados para formalizar a chapa Lula e Geraldo Alckmin. O ex-tucano, que busca um novo partido para abrigar sua candidatura, se manifestou informado em participar de um governo que defende a revogação do texto. A resistência, no entanto, ao que tudo indica, deve ser superada.

Fonte: Carta Capital

 

 
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