Publicado em 24 de janeiro de 2022 às 09h51min
Tag(s): Educação
A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou em dezembro de 2018 o dia 24 de janeiro como o Dia Internacional da Educação, em celebração e para a conscientização acerca do papel da educação no desenvolvimento das nações. Pois, é a educação a principal responsável pela construção de valores sociais, éticos e morais, essenciais ao desenvolvimento e formação de cada indivíduo.
Além do dia 24 de janeiro, muitos educadores celebram o Dia Internacional da Educação em 28 de abril. Isso porque, em 28 de abril de 2000, durante o Fórum Mundial de Educação, em Dakar, no Senegal, foi assinado um compromisso internacional pelos líderes de 164 países, incluindo o Brasil, a fim de garantir o desenvolvimento da educação no mundo.
Entretanto, mesmo com os compromissos firmados em 2000 e 2018, o ataque do Governo Bolsonaro à educação é constante e os seus efeitos são alarmantes. No Brasil, cortes de recursos para a educação foram frequentes nos últimos anos. Só em 2021, segundo um estudo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o orçamento do MEC perdeu mais de R$ 30 bilhões, na comparação com o ano de 2015.
Em 2020 a educação básica teve seu pior orçamento em dez anos, com redução de investimentos em todos os setores. Nas instituições federais de ensino superior não foi diferente. Se em 2016 o orçamento das universidades foi de R$ 7,3 bilhões, em 2021 despencou para R$ 4,5 bilhões.
Nem mesmo a ciência, fundamental no enfrentamento da pandemia se Covid-19, foi poupada dos cortes. A mando da gestão do presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações teve redução de 87% em seu orçamento em 2021. A queda foi de R$ 690 milhões para R$ 89,8 milhões, afetando pesquisas de diferentes áreas e cientistas que já contavam com a verba para seus estudos.
Diante de todos esses ataques à educação, neste dia 24, o ADURN reitera seu compromisso na luta por uma educação inclusiva e equitativa de qualidade, que garanta oportunidades para todos. É com resistência da nossa comunidade que não se dobra diante do avanço do autoritarismo e do negacionismo que a Educação seguirá viva em nosso país.
