A votação estará disponível na segunda-feira, 22/11, às 08h.
Olá professor (a), seja bem-vindo (a) ao ADURN-Sindicato! Sua chegada é muito importante para o fortalecimento do Sindicato.
Para se filiar é necessário realizar 2 passos:
Você deve imprimir e preencher Ficha de Sindicalização e Autorização de Débito (abaixo), assinar, digitalizar e nos devolver neste e-mail: [email protected].
Ficha de sindicalização Autorização de DébitoAutorizar o desconto no seu contracheque na sua área no SIGEPE e que é de 1% do seu VB (Vencimento Básico).
Tutorial do SIGEPEFicamos a disposição para qualquer esclarecimento.
ADURN-Sindicato
Publicado em 25 de janeiro de 2022 às 15h07min
Tag(s): Reforma Trabalhista
Que os trabalhadores não se deixem enganar. Valorizem seus sindicatos e os parlamentares que realmente têm compromisso com a dignidade da classe trabalhadora
O pior é que não há registro de melhoria relevante de empregos em nenhum país, depois das reformas. Ao contrário, com a redução da remuneração caem as vendas no mercado interno de cada país, e o que cresce é a estagnação ou recessão das economias. Mas um ítem costuma aumentar: a margem de lucro de certos segmentos poderosos do empresariado.
No Brasil, não foi diferente. Há pouco mais de cinco anos, logo depois do golpe contra a presidenta Dilma, a reforma atingiu duramente os direitos sociais dos trabalhadores.
A maior aberração desse projeto foi a prevalência do negociado sobre o legislado. Um acordo ou convenção coletiva entre sindicato empresarial e o de trabalhadores prevalecerá a lei trabalhista, para pior. Como sabemos, a relação trabalhista é desigual, pois quase sempre as empresas são ricas e poderosas e o sindicato tem limitações na sua força, especialmente em períodos de desemprego elevado.
Pelo que foi aprovado, no acordo coletivo, pode ser definida uma jornada de trabalho superior a 8 horas diárias. A lei criou a possibilidade de que o trabalhador tenha jornadas de 12 horas, ou mais. E mais, permite a redução do horário de almoço de uma hora para 30 minutos.
A reforma ampliou o trabalho em tempo parcial de 25 para 30 horas. O contrato em tempo parcial possibilita salário abaixo do mínimo, proporcional às horas trabalhadas.
A nova lei ampliou a contratação por trabalho temporário de 90 para 120 dias, renováveis. Uma empresa pode contratar um trabalhador por até oito meses sem as garantias do contrato por prazo indeterminado.
A lei mudou ainda a forma de cálculo de horas extras, causando relevantes perdas no salário de várias categorias, além de alterar o cálculo das jornadas em domingos e feriados. A jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurava a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. A nova lei eliminou esse direito.
Junto com a reforma trabalhista, veio a nova lei da terceirização, desejo antigo dos empresários, e que praticamente libera a terceirização de forma irrestrita. Como sabemos, com raras e honrosas exceções, a terceirização é usada pelos patrões para reduzir direitos e remuneração, dificultando ainda a organização sindical.
Mais de cinco anos depois, a reforma não gerou empregos e prejudicou os trabalhadores. Isso não aconteceu só no Brasil. Na Espanha, França, Alemanha e outros países, há um movimento nas sociedades locais para revogar as reformas, no todo ou parcialmente. O presidente do Conselho de Ministros da Espanha, Pedro Sanchez, anunciou uma iniciativa legislativa para revogação da reforma realizada em 2012, que assim como a brasileira não gerou empregos e precarizou a relação trabalhista.
Aqui, o ex-presidente Lula anunciou a intenção de, se eleito, revisar os dispositivos da legislação cruel aprovada sob o governo golpista de Temer, e mandar o projeto de revisão. As entidades patronais e a mídia empresarial já se alvoroçaram para questionar essa posição. Ora, o que eles não conseguem contestar é que, de 2003 a 2014, Lula e Dilma conseguiram gerar 20 milhões de empregos formais, aumentando em mais de 74% o valor real do salário mínimo, que chegou a valer 326 dólares, e hoje, depois de cinco anos e meio de Temer e Bolsonaro, é um dos menores da América Latina.
O que gera empregos, como demonstra a história econômica do Brasil e do mundo, não são reformas trabalhistas malignas. O que melhora a vida dos trabalhadores e do país como um todo é uma estratégia econômica de investimentos e ampliação do mercado interno, das exportações e da infraestrutura. Foi assim que chegamos ao pleno emprego, ao salário mínimo de mais de 300 dólares e à condição de sexta economia do planeta. Mas os eternos lobistas, digo, analistas da grande mídia, jamais reconhecerão essa verdade.
Que os trabalhadores não se deixem enganar. Valorizem seus sindicatos e os parlamentares que realmente têm compromisso com a dignidade da classe trabalhadora.
Fonte: Brasil 247