Com estrangulamento do CNPq, produzir ciência é cada vez mais difícil no Brasil

Publicado em 04 de fevereiro de 2022 às 09h54min

Tag(s): CNPq



Com estrangulamento do CNPq, produzir ciência é cada vez mais difícil no Brasil
 
Além de muito estudo e boas condições de estrutura, produzir ciência requer tempo. Um pesquisador passa incontáveis horas lendo, escrevendo e trabalhando em arquivos, bibliotecas ou laboratórios antes que suas conclusões sejam compartilhadas e tragam impacto para a sociedade.
 
Enquanto produzem, cientistas precisam pagar suas contas e sobreviver. Daí a importância do financiamento dessas atividades por meio de bolsas oferecidas pelo Estado.
 
Mas o governo de Jair Bolsonaro não leva nada disso em consideração e vem cortando os recursos que são usados para o fomento à pesquisa.
 
Os reflexos foram imediatos: de 4.279 projetos inscritos em uma chamada para bolsas de pós-doutorado em 2020, 3.080 foram aprovados com mérito por pareceristas independentes, mas apenas 396 receberam apoio financeiro. No exterior, apenas 73 propostas foram aprovadas com bolsas, de mais de 2 mil inscritos.
 
Isso vem causando a chamada “fuga de cérebros”. Cada vez mais pesquisadores de ponta estão deixando o Brasil em busca de oportunidades em outros países. Com isso, o Brasil vai perdendo autonomia científica. Estamos deixando de ser produtores de conhecimento para sermos meramente consumidores da ciência produzida em outros países.
 
É a pior crise da história do país, desde a década de 1960, quando começou o fomento à ciência e tecnologia.
 
Um país com o tamanho e o potencial do Brasil não conseguirá avançar sem valorizar a pesquisa científica e as instituições de ensino para alcançar maiores patamares de desenvolvimento e qualidade de vida.
 
Fonte: APUB
ADURN Sindicato
84 3211 9236 [email protected]